40. Luzes do Ártico

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Diante de todos os problemas causados pelas bruxas antepassadas, Yara e sua equipe buscavam reverter um dos vários estragos desde o seu retorno nebuloso e para isso era necessário que o sol brilhasse no céu a fim de que sua luz natural vencesse as barreiras da escuridão que cercavam a aurora do Golfo Ártico em uma esfera impenetrável, reestabelecendo para os Yétis e para o mundo a janela que dá vista para o mundo dos espíritos ancestrais.

_ Elementífona Aqus Sólidus! – Brada um grupo de Yetis organizados em círculo acima da gruta gélida, abrindo um buraco de igual formato que dava vista para o selo esférico que prendia as luzes do ártico.

_ Ótimo! Agora só precisamos esperar que os raios de sol iluminem essa área da gruta quando este estiver em seu ponto mais alto, que deve ser ao meio dia. – Diz Yara, de dentro da gruta.

_ Ficaremos aqui em cima esperando, caso precisem novamente de nós! – Diz um dos Yétis.

_ Entendido! Obrigada! – Diz Yara.

_ Bem, então só nos resta esperar também. – Diz Faisen.

_ Não precisamos desperdiçar nosso tempo precioso simplesmente esperando o tempo passar, podemos aproveitar a manhã para investigar outras áreas dessa caverna, já que essa fissura no teto deixou as coisas bem mais claras por aqui. Eu não seria um anão de respeito se não averiguasse cada canto deste lugar. – Diz Dunga.

_ É uma boa ideia, talvez consigamos recolher alguma informação importante sobre as bruxas. – Diz Lumière.

_ Me sinto como um pássaro engaiolado aqui dentro, vou esticar as asas um pouco, se não se importam, é claro... – Diz Ágata.

_ Sem problemas, Ágata. Imagino que seja difícil para um harpia do deserto ventoso se aventurar dentro de uma caverna. – Diz Yara.

_ Você não faz ideia... fui! – Diz Ágata, abrindo suas asas e voando pela fissura no teto.

A paciência nem sempre é fácil de ser praticada, mas nesse caso não havia outra escolha, pois o astro luminoso que contagia a todos com sua luz e calor radiantes precisava estar em seu ponto mais alto. Enquanto isso, no pentágono enevoado, Faranegra e Mark se reuniam com Avarossa na cabana que, por dezessete longos anos, serviu de abrigo para as usuárias das artes das trevas.

_ Soberana, alguém esteve aqui, vejam essas marcas no chão. – Diz Mark.

_ Isso não importa, qualquer um que se tenha se aventurado dentro deste lugar maldito já deve estar morto, se não pelas tentações da névoa alucinógena, ou então pela falta de suprimentos desse lugar. – Diz Faranegra.

_ Isso é verdade! Quando saímos daqui, amaldiçoamos este solo para que ele nunca mais fosse usado para nos prender. – Diz Avarossa.

_ Me diga irmã, qual foi o resultado de sua recente tentativa de assassinato em Celestian? – Pergunta Faranegra.

_ Não seja cínica, Faranegra! Você sabe muito bem! Qualquer embate direto com o garoto da profecia culminará em derrota para nós, não foi por isso que fugimos do confronto na Terra Rúnica? Mas ainda assim, eu pude ver algo muito mais interessante. – Diz Avarossa.

_ O que você viu? – Pergunta Faranegra.

_ Aquela maldita estrela! Ela o protege, assim como os outros imbecis da antiga irmandade! No fim das contas, meu plano teria dado certo se a desgraçada da Dalva não tivesse resolvido brincar de bonecos com o príncipe metido a rei. Amaldiçoada seja! – Diz Faranegra.

_ Então foi isso que aconteceu! Mas mesmo assim, você voltou cedo demais, havia outra coisa que poderia nos beneficiar em seu antigo lar. – Diz Faranegra.

CelestianWhere stories live. Discover now