70. Rivalidade Parental

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Na fronteira do Deserto Ventoso com a Terra Rúnica, um ataque massivo liderado pelas bruxas tinha Clérion e o Ente das Sombras como desafiantes iminentes das forças aliadas, tudo isso enquanto uma grande horda de espíritos malignos avançava juntamente com eles, cada vez mais bizarros em suas formas e habilidades.

Os espíritos berravam enquanto corriam e alguns eram tão lentos quanto as tartarugas, alguns voavam enquanto outros nadavam em pleno ar, uns eram grandes e outros bem pequenos. Espíritos assustadores e outros aparentemente bem idiotas, mas todos igualmente manifestantes da escuridão advinda do coração negro das bruxas antepassadas, corrupção moral da irmandade ancestral.

O glorioso Rei de Animarium deu início aos ataques ao grande ente das sombras, abrindo parte de sua túnica ele deixou sair da gaiola em seu peito um pássaro luzente que voou radiante pelo céu noturno até ir de encontro ao ente das sombras, perfurando um de seus braços com o bico, fazendo com que o membro decepado caísse no chão.

O Ente, por sua vez, reagiu criando outro braço instantâneamente após o golpe, enquanto que o membro lançado ao chão se dividiu em múltiplos entes menores, que avançavam junto aos espíritos corrompidos, com os quais eram facilmente confundidos, afinal, tudo ali refletia a alma sombria de uma bruxa.

Golpes de espadas, barulhos de flecha, gritos de conjuração, berros de dor, tudo corroborando a grande poluição sonora que se estabelecia, dificultando cada vez mais o foco das forças aliadas, dando vantagem aos espíritos. A compaixão mais parecia uma fraqueza no campo de batalha, pois a preocupação que todos tinham uns pelos outros colocavam os espíritos mais perto da vitória, visto que eles não possuem tal virtude e caminham unicamente para promover a destruição.

Paralelamente a tudo isso, Afrody era levantado do chão por Shiffom e sua tia Relva, após sofrer um impiedoso ataque telecinético de sua mãe recém-ressuscitada, cujo corpo estava sob pleno controle das vis feiticeiras. Ao observar a fragilidade do rei após o violento arremesse da antiga soberana de Celestian, o Arcanjo Miguel desceu dos céus aterrissando logo à frente de seus aliados, que lutavam contra a mesma.

_ Relva, Shiffom, ajudem vossa majestade o Rei Afrody a se recuperar, eu darei cobertura até que estejam novamente em posição de combate. - Diz Miguel.

_ Miguel... - Diz Relva.

_ Entendido! Obrigado Miguel! - Diz Shiffom.

_ Ora vejam, se não é o príncipe de toda a milícia celeste, o Arcanjo Miguel! Acha que pode lutar contra sua rainha? Não me faça rir! - Diz Clérion em alto tom de voz.

_ Pelo contrario, majestade. Eu sei que não sou páreo para vós. Mas hoje existe um outro soberano ocupando o seu lugar, e a ele sou leal, como fui à Senhora. Além disso, minha rainha não passa de mais um dos fantoches das bruxas, e por essa razão darei tudo de mim para ao menos mantê-la ocupada. Não se preocupe, garanto que ficará entretida. - Responde o Arcanjo.

_ Pois eu duvido muito! Lúminos Creátios Duo! - Grita a rainha.

Ao fim das palavras da antiga soberana, duas espadas de modelo semelhante às que ela usou contra as autoridades continentais em Animarium, floretes de esgrima totalmente pensados e feitos sob medida para o combate letal. A rainha era habilidosa com esse tipo de arma, curto, médio ou longo alcance eram parâmetros irrelevantes para sua majestade, ela conseguia obter vantagem em todos usando qualquer tipo de arma e tudo graças às suas individualidades telepáticas.

O Arcanjo Miguel, por outro lado, usava uma espada bruta, porém eficiente quando combinada com seus atributos físicos, força e destreza, sem contar os impulsos de suas grandes asas que garantem velocidade adicional em seus avanços rasantes contra qualquer inimigo.

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