67. Presença

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Após finalizarem as rondas em busca dos sobreviventes da maldição das bruxas no Cemitério das Monções Cantantes, as forças aliadas, agora com a presença do exército de Lúnia e do Golfo Ártico, chegaram na fronteira do Deserto Ventoso com a Terra Rúnica, onde as harpias reuniram-se para realizar aquilo que seria o último recurso para expurgar as impurezas de seu tão amado lar, a conjuração invocativa dos ventos atmosféricos.

A ira das auto intituladas rainhas da escuridão após sofrer mais uma derrota sobre as areias do país do vento as consumia por completo, mas não era suficiente para impedir a perspicácia das próximas movimentações por elas traçadas. São tempos sombrios, mas talvez as recentes vitórias tenham concedido aos aliados algum tempo de paz até a chegada da próxima horda de espíritos malignos, coisa que não estava nos planos das bruxas.

_ A Têmpora das Estações está novamente em campo minhas irmãs. - Diz Darkina.

_ A Têmpora era um broto quando a vi em posse da menina Giovanna, como ela está em tamanho original em tão pouco tempo? - Pergunta Avarossa.

_ De alguma maneira, conseguiram salvar uma pequena muda da relíquia do irmão ancestral Estácio e devem tê-la usado para restituir a que eu destruí. - Explica Faranegra.

_ Destruiu? Não maninha, você não a destruiu ,você apenas a invalidou temporariamente! Se a tivesse destruído, não estaríamos tendo tantos problemas! - Grita Darkina enraivecida.

_ Me perdoem, irmãs. - Diz Faranegra.

_ Cale-se! O perdão não é algo conivente conosco, não se preocupe em tê-lo. Vamos apenas limpar essa bagunça antes que ela piore! - Grita Darkina.

_ Precisamos sair deste local, não vamos conseguir acompanhar a guerra e nem interferir na mesma desta distância. Além disso, precisamos recuperar o ente retorcido, ele compõe boa parte do nosso poderio militar. - Diz Avarossa.

_ Faremos isso enquanto Clérion bagunça o campo de batalha, ela deve estar chegando perto da fronteira neste exato momento, onde uma horda de espíritos corrompidos deve encontrá-la. - Diz Darkina.

_ Vamos aproveitar a presença dela para entrar furtivamente do Deserto Ventoso. Como o mesmo foi evacuado, podemos estabelecer um novo esconderijo lá e interferir nos conflitos remotamente. - Diz Avarossa.

_ Não esqueçam que não podemos ser vistas! Essa ida ao deserto só é necessária para recuperarmos o ente de Faranegra, mas como já estaremos lá faremos como disse, Avarossa. - Diz Darkina.

_ Entendido. - Dizem as outras bruxas em uníssono.

_ Quando a balança das sete luzes protetoras estiver desequilibrada, nossa presença invadirá essa guerra com toda a fúria. Só então nossa ira será plenamente liberada, para varrer deste mundo aquele fedelho maldito e tudo o que ele representa! - Diz Darkina.

Enquanto as bruxas se preparavam para diminuir as perdas provenientes das últimas batalhas, as forças aliadas se reuniam na fronteira dos países elementais do vento e da terra, se preparando para a luta vindoura. Com exceção de algumas lideranças continentais, a maioria estava reunida lá, para um breve planejamento antes que algum inimigo aparecesse por ali.

_ Lúnia e o Golfo Ártico demoraram para chegar, o que aconteceu? - Pergunta Shiffom.

_ Meus yétis e eu fomos interceptados por uma horda de espíritos malignos e tivemos que fazer o contorno por outra rota maritma aquém do mar fervente, caso contrário nossas embarcações congeladas não resistiriam. - Diz Gélio, o líder dos yétis.

_ Conosco foi o mesmo, com exceção do mar fervente, talvez por essa razão tenhamos chegado primeiro no campo de batalha, ou melhor, apenas alguns minutos antes dos yétis. - Diz uma Ninfa.

CelestianWhere stories live. Discover now