19. O Vento e a Lótus

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Em algum lugar da antiga América do Sul, Ânimus começou a passar adiante seu conhecimento

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Em algum lugar da antiga América do Sul, Ânimus começou a passar adiante seu conhecimento. As instruções dele foram muito bem acolhidas por quem ali vivia e eles seguiam à risca suas orientações. Seu respeito aos animais condizia com o nome que ele tinha. Por esse motivo, as pessoas decidiram renomear seu continente de "Animarium" para que sempre se lembrassem dos ensinamentos daquele irmão que os mostrou seu modo de vida.

_ Ouçam bem meus discípulos, somos todos uma grande família, por mais que nos dividamos em várias. Assim sendo, devemos todos ser uma só tribo, por mais que nos organizemos em várias outras menores. Como uma grande Tribo, devemos lembrar daqueles que viviam aqui antes de nós, os animais. Temos muito a aprender com eles, sua solicitude, disposição e instinto de sobrevivência são a chave para o bom convívio entre todas as criaturas. Porém, não pensem que estamos fadados a viver e morrer como eles, pois nosso espírito permanece para sempre onde está nossa vontade, ainda que invisível. Se um dia uma grande batalha for travada neste mundo, caberá a vocês lembrarem a todos qual é a arma mais forte que dispomos, nossa própria fé e a fé dos que vieram antes de nós. - Diz Ânimus aos seus discípulos.

O irmão ancestral Ânimus a partir de então, foi considerado pelos moradores daquela região como seu soberano, o líder de todas as tribos, o primeiro rei do novo continente chamado "Animarium". Os tribais decidiram construir para ele um grandioso palácio, e seguindo sua orientação, o fizeram em cima de uma árvore, sem danificá-la no processo. Pressentindo que seu fim estava próximo, Ânimus se reuniu com seus irmãos no continente que Estácio foi designado a passar adiante seus conhecimentos e lá selaram suas energias vitais em uma relíquia vegetal para que perdurasse até os dias da grande batalha prevista por Dalva.

Já sem nenhum poder, Ânimus voltou para Animarium, onde cumpriu seus deveres como governante por alguns anos, orientando os tribais pela fé que ele mesmo havia ensinado. Com o passar do tempo, seus irmãos morreram de causas naturais, e com Ânimus não seria diferente. Porém seu corpo, mesmo estando no limite físico da existência, se recusava a deixar o espírito sair e por isso Ânimus passou seus últimos dias em grande agonia, sofrendo a dor da decomposição da carne até que seu corpo fosse obrigado a quebrar a união com seu espírito.

 Porém seu corpo, mesmo estando no limite físico da existência, se recusava a deixar o espírito sair e por isso Ânimus passou seus últimos dias em grande agonia, sofrendo a dor da decomposição da carne até que seu corpo fosse obrigado a quebrar a ...

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