Celestian

14. Prelúdio

Em Lúnia, os preparativos para o enterro do príncipe Georgie já estavam todos prontos e a rainha Gênova achou melhor enterrá-lo no jardim principal do castelo, para que todos soubessem que ali jazia o corpo de um príncipe que morreu em combate, na defesa de seu povo. Todos os guardas, empregados e convidados estavam reunidos próximos da cova onde o cadáver seria enterrado, e a rainha Gênova se preparada para dizer suas últimas palavras.

_ Que hoje, neste túmulo e na memória de todos aqui presentes, fique escrito isso: a dor de perder um filho é pior do que a dor da própria morte, mesmo que ela seja lenta e agonizante. Quando o Georgie nasceu, eu queria dar para ele, assim como para a minha filha Giovanna, um lugar seguro que eles pudessem chamar de lar. Mas por culpa de uma mulher, não, por culpa de um monstro em forma de mulher, eu não pude realizar esse sonho. Que o sangue do meu filho seja suficiente para confirmar a veracidade dos boatos, as malditas antepassadas voltaram, e o nosso lar não será seguro até que este mal seja banido para sempre! - Diz a Rainha Gênova, com os olhos fixos no corpo de seu filho.

_ A morte do meu irmão não será em vão!Eu prometo isso a vocês! - grita Giovanna.

Após suas últimas palavras, o corpo de Georgie foi sepultado e não havia sequer ma única flor para decorá-lo ou honrar sua memória. Foi a própria mãe, a primeira a cobrir seu corpo com terra, seguida por Giovanna e pelos poucos membros da corte ali presente. Quando o corpo foi totalmente coberto, a rainha Gênova e sua filha choraram amargamente e ficaram sem saber quais movimentos deviam ser feitos a partir de agora. O Conselho Élfico já estava praticamente dissolvido, os poucos membros restantes não colocariam suas raças em risco. Mas a morte de Georgie apontou para o povo o que precisava ser feito naquele momento.