79. Majestades Imperiais

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Após Afrody reafirmar em alto tom de voz às bruxas que não iria se entregar a elas, como bem esperavam que o fizesse, a guerra teve continuidade, ainda mais violenta do que antes. Os espíritos corrompidos cada vez mais sanguinários, o solo a cada segundo mais enlameado e as bruxas ansiosas por ceifar a vida do único que podia derrotá-las, como previu a Estrela Dalva.

Os monstros de lama continuavam lutando para atravessar as cinco grandes pontes de pedra, mas eram precipitados pelas majestades imperiais, Kevin, Azura, Nêutron, Sibila e Zéfira, essa última já no limite de suas forças. Irritadas com tal situação, as bruxas deram à Fahrenheit um últimato:

_ Você vê seus companheiros imperadores? Já nos causaram problemas demais, essa é sua oportunidade de se redimir conosco e com as trevas dentro de você! Acabe com eles! - Diz Darkina.

_ Mas atenção, essa será a última chance que vamos te dar! - Diz Avarossa.

_ Se falhar novamente, nós mesmas iremos matá-lo! Você entendeu, imperador de araque? - Pergunta Faranegra.

_ Sim... - Diz Fahrenheit.

_ Agora vejamos, acho que já é hora de modificar um pouco a paisagem, não acham irmãs? - Pergunta Darkina.

_ Concordo, esses infelizes já se acostumaram a batalhar em solo de lama. - Diz Faranegra.

_ Eles precisam aprender que nossa força é muito maior que a daquele fedelho, vamos dar a eles mais uma amostra do nosso grandioso poder! - Diz Avarossa.

Disposta a tudo, a bruxa Darkina e suas irmãs deram as mãos por um instante formando um círculo, logo após, desfizeram o mesmo unindo suas palmas no centro deste, concentrando-se. Enquanto faziam isso, as rochas e o próprio solo começou a comportar-se estranhamente, até que as bruxas afastaram suas palmas, dando lugar a um pequeno orbe negro, com tamanho de uma simples bola esportiva.

_ Você colocou potência demais nisso, Darkina. - Diz Avarossa.

_ Nosso inimigo é o protegido da Dalva, quero mostrar a ela que sua luz não o protegerá de nossa fúria! - Diz Darkina.

_ Ela já deve estar nos assistindo no céu, esperando a oportunidade de interferir nos nossos planos novamente! É uma maldita! - Diz Faranegra.

_ Sim, ela é, mas depois de apagarmos a luz multicolorida da esperança, vamos atrás dela, e também vamos remover para sempre a sua maldita luz do firmamento! - Diz Darkina.

As três bruxas, então, elevaram os braços aos céus e quase que ao mesmo tempo o orbe negro reagiu e também subiu rapidamente, fixando-se à vários pés acima do exército aliado. De uma única coisa podia-se ter certeza, seja lá qual feitiço as bruxas estivessem mostrando desta vez, não era bom, definitivamente não era, e até mesmo a natureza sentia o impacto daquela conjuração maligna.

_ O que aquele orbe escuro? Uma conjuração das bruxas? - Questiona Afrody.

_ Ao que parece, sim, elas se juntaram para fazer aquela e concentraram grande quantidade de energia vital negra, coisa que não fazem em uma conjuração comum. - Diz Terano.

_ As malditas estão planejando algo ruim, a natureza ao nosso redor pode sentir isso, algo grande está para acontecer. - Diz a rainha Gênova.

Os primeiros impactos da conjuração começaram a ser sentidos quando a terra começou a tremer debaixo dos pés do exército aliado, logo após as pedras menores, todas elas, foram atraídas àquele orbe, como se tivessem sendo sugadas, formando algo como um novo astro no céu.

_ A irmandade ancestral acha mesmo que somente eles conseguem criar um astro no céu? Algo tão simples e miserável quanto uma lua na capital dos anjos não se compara ao que faremos aqui, vamos mostrá-los com quantas pedras se faz um planeta! - Diz Darkina.

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