Capítulo 7 - Casa dos segredos

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Evangeline encontrava-se diante do guarda-roupas em seu quarto, encantada com a variedade de vestidos deslumbrantes à sua disposição. A palavra "simplicidade" não tinha lugar entre aquelas peças; todas irradiavam luxo e elegância em diferentes estilos.

Enquanto cheirava as peças para afastar qualquer vestígio de paranoia instilado pelo Corvo, ela riu de si mesma, reconhecendo sua própria indulgência. As roupas pareciam intocadas, como se nunca tivessem sido usadas. Ainda assim, Evangeline decidiu que lavaria o vestido de sua mãe, apenas por precaução.

Enquanto se vestia com uma das roupas que o Corvo havia providenciado, Evangeline não podia deixar de pensar em tudo o que havia acontecido. Ela havia fugido de sua casa, sido perseguida por feiticeiros, e agora se encontrava na casa de um elfo misterioso.

Optando por um longo vestido rosa, que abraçava suas curvas em um modelo slim, com rendas brancas envolvendo-o e mangas transparentes que adicionavam um toque único, Evangeline sorriu ao perceber o quão bem ele se ajustava a ela. Seus cabelos pálidos fluíam em cascata sobre os ombros, acrescentando um toque mágico à sua aparência.

 Seus cabelos pálidos fluíam em cascata sobre os ombros, acrescentando um toque mágico à sua aparência

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Um espelho imponente próximo à cama permitia que ela apreciasse cada detalhe do vestido em seu corpo. Enquanto fazia isso, três batidas suaves na porta a tiraram de sua reverie. Ao abrir, uma surpresa aguardava-a do outro lado: não era um elfo alto de cabelos negros e olhos azuis, mas sim um humano comum, de olhos cor de chocolate, orelhas arredondadas como as de um humano qualquer e expressão gentil.

Ele era quase tão alto quanto O Corvo, mas ainda assim a altura do elfo era motivo de destaque em sua aparência.

— Você deve ser a nova hóspede. Evangeline, certo? — Ele perguntou em um sorriso amigável. Sua voz era tão tranquila e serena, causando a impressão de ser alguém confiável, diferente do elfo.

Ela ainda estava um pouco retraída e desconfiada, mas tentou ser gentil.

— Sim. — Respondeu olhando ao redor no corredor verificando se havia mais alguém ali. — E você é...? — Ele fez uma leve reverência ao respondê-la.

— Meu nome é Sukry, sou o curandeiro da mansão. É um prazer conhecê-la milady. — Ele conseguiu tirar um sorriso tímido da jovem, que assentiu com a cabeça em uma reverência parecida.

— O prazer é todo meu. — Disse cordialmente.

— Vim para me certificar que está se sentindo bem. Soube que Naevran não a encontrou em um bom momento. Você está ferida? — Evangeline ergueu uma sobrancelha, um pouco confusa.

— Naevran? — Sua pergunta foi retórica, devido à surpresa por descobrir o nome verdadeiro do Corvo.

Mas Sukry a respondeu mesmo assim, gentilmente.

— Nosso amável mestre. — Evangeline riu em escárnio por Naevran estar sendo referido como "amável".

Sukry parecia estar bem ciente da reputação do mestre, visto que um sutil sorriso travesso tomou seus lábios.

Lendas de amor e maldiçõesWhere stories live. Discover now