Capítulo 19

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Eu venho me deleitando durante horas com diversas pesquisas, com imagens e vídeos que dissertassem sobre conexões espituais, e estive evoluindo minha mente a partir disso, pois não conseguia entender a razão de Adam ter aparecido pra mim naquela noite depois da apresentação de Tony e Amy, mesmo eu nem estando ciente de sua existência.

Mathew esteve comigo, isso me surpreendeu, sempre me ajudando com a procura para o significado disto tudo. Ficamos aquele dia, durante a noite toda, em frente de meu computador teclando por horas e discutindo os fatos. Várias folhas foram preenchidas de rabiscos e palavras, em busca do entendimento, e conseguimos chegar em alguns pensamentos. Uma das respostas indicava que, Adam conseguiu se manifestar em mim naquela noite, pois eu estava de coração e mente aberta no momento em que me senti indefeso e vulnerável pelo medo naquelas ruas escuras, e continuo avistando-o por motivos de ele ter enfatizado comigo. E a respeito de Carina, apontamos que, não se passava de um espírito ciumento, pois quando Gellenberg se juntou a Adam, Carina nada podia fazer até que houve a morte de Adam Gellenberg, onde podia assim controlar suas ações no plano espiritual - creio que Carina sente ser a amiga verdadeira da Sra. Gellenberg, e mesmo achando que Carina havia desaparecido quando conhecera Adam por se tratar da missão de libertação deste espírito, na verdade era apenas uma escolha para que a idosa decidisse de quem sentiria mais falta, sendo que Carina percebeu que ela estava mais feliz com Adam; podendo até teorizar que Carina matou Adam.

Mas tudo isso eram apenas teorias, pensamentos a partir de histórias. Mas se contássemos à Sra. Gellenberg, talvez ela pudesse esclarecer e confirmar estas crenças, e já havíamos combinado de ir vê-la nesta terça.

Como chegaram as aulas, que se concentram no período da manhã onde meu pai já se prepara para sair de casa para ir ao escritório, tivemos que mudar o horário para eu me apresentar na clínica nas segundas e sextas, sendo às três da tarde. Por este motivo eu teria que ir de bicicleta para a clínica e voltar para casa sozinho também.

De manhã já pude tirar algumas duvidas com Mathew sobre nossos teoremas, e resolver o resto dos problemas que parecia faltar, como: se a Sra. Gellenberg já havia tido outro marido, ou até mesmo namorado. E a resposta era não.

No final, na saída da escola, enquanto eu andava com Mathew e Tony por um caminho cimentado, Mathew me dissera que ele me esperaria na porta da clínica quando eu saísse, para que eu não pudesse voltar sozinho e para que pudéssemos discutir mais sobre o assunto em casa se desse. Concordei e agradeci. Logo Tony se separou do nosso caminho para ir para sua casa, em seguida Mathew fizera o mesmo.

Cheguei apressado em casa, pois minha barriga já emitia diversos e assustadores grunhidos, alertando da fome que vinha de maneira avassaladora, e me sentei na mesa esperando que minha mãe retirasse o delicioso frango assado do forno. Um pedaço dele já não estava lá, meu pai recolhera para que pudesse comer em seu horário de almoço no escritório, deixando o restante para mamãe e eu agora - e quem sabe, para o jantar.

Mamãe me encarava com uma expressão diferente enquanto eu espetava o frango diversas vezes, tentando trazê-lo para minha boca, enquanto ela apenas mexia lentamente seu arroz amarelado pelo molho do frango que se encharcara nele.

- O que houve, mãe? - perguntei ainda de boca cheia - Tá tudo bem?

Ela hesitou por um momento, mas me olhava ainda e respondeu:

- Eu só estou preocupada com você ultimamente. Vi que você e Mathew andam se encontrando muito...

- E...? - falei - O que tem de mais? Estamos apenas estudando.

- Olha, querido, se estiver acontecendo algo de diferente que você esteja se preocupando e querendo compartilhar, saiba que eu estarei aqui para ouvir. - comecei a me preocupar. Percebi do que ela estava se referindo.

S.L.M (Romance Gay)Where stories live. Discover now