Capítulo 33

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No terceiro dia em que estive internado no hospital, o Dr. Jerry me fez uma visita, e depois de muito insistir eu finalmente recebi meu celular de volta, e com isso logo pude me socializar virtualmente com meus amigos. Mesmo assim, eu ainda não estava disposto a me comportar humanamente com o mundo cotidiano, segundo Doutor Jerry.

"Pelo jeito ficarei o resto da semana aqui.", falei para meus amigos pelo celular.

"Eu sinto muito que tenha tudo tão limitado, Shawn.", escreveu Amy.

"Obrigado. Está tudo bem agora."

"Cara, a gente quer te ver! Não podemos, não?", enviou Tony.

"Claro, gente. É só virem aqui quando quiserem a partir das uma e meia."

"Tony, eu estou indo ver Shawn neste momento. Se quiser ir, te dou carona", falou Amy.

"Já estou pronto!"

"Gente, que isso! Hahaha. É assim mesmo? Sem agendamentos? Hahaha", digitei para eles.

"Já esperamos demais.", disse Tony.

"Tony, passarei aí em meia hora. É tempo o suficiente para o Shawn se trocar também. Hahahaha", enviou Amy.

" Hmmm... Não. Prefiro continuar usando essa confortável tira de tecido do hospital."

Depois dessa conversa, falei com Mathew pelo telefone em uma chamada, casualmente para que nada em especial fosse gravado.

Comi algumas torradas com geléia, e um pedaço da deliciosa torta de abacaxi que minha mãe havia trago de manhã. Ela continuava me observando, e infelizmente, tivera que abrir mão de suas vendas para que isso fosse possível.

Permaneci sentado sobre a cama do quarto de hospital, jogando em meu celular por mais de quarenta minutos, aguardando que Tony e Amy viessem. Meu soro foi trocado e recebi alguns medicamentos, e nada dos dois aparecerem - cheguei a mandar mensagens para eles, mas não foram respondidas.

Minha coluna já começara a doer, então me deitei de lado, virado para a porta, e quinze minutos depois ela se abriu, e Tony e Amy entraram com uma cesta enorme e embrulhada nos braços.

- Mas... O quê? Eu... - gaguejei.

- Melhoras! - exclamaram os dois, se aproximando e deixando a cesta agora em minhas mãos.

- Deus... - falei finalmente, depois de observar a cesta em minha frente.

Eles se entreolharam com uma cara estranha, pois nunca ouviram-me dizer "Deus" em qualquer frase de surpresa.

Me sentei e fui abrindo a embalagem transparente, de um tom esverdeado.

- Desculpa a demora. - falou Tony. - Mas a Amy teve a ideia de comprar algum presente pra você.

- Então paramos num shopping antes de vir pra cá, e vasculhamos tudo procurando por algo que gostasse. - dizia ela.

- Mas fala sério. - exclamou Tony. - Não existe coisa melhor que comida.

- Eu concordo. - indaguei. - Principalmente quando seu café da manhã, almoço e jantar, são torradas e ovos mal fritos.

Rimos em coro.

- Espera. - Amy balbuciou. - Eles distribuem comida gordurosa aqui?

Rimos da cara de nojo que Amy havia feito, e vi que na cesta haviam bolinhos de chocolate com recheio de morango, biscoitos açucarados, uma barra de chocolate ao leite e uma barra de chocolate branco, uma pequena caixa com quatro macarons, um pacote de amendoins, três latas de soda, e uma batatinha chips.

S.L.M (Romance Gay)Where stories live. Discover now