20° Dia.

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11 de abril de 2016, San Diego.

Abri ligeiramente os olhos, reparando que estava demasiado confortável.

A cama onde estava era ótima, comparada à cama das pensões.

A porta ao fundo do pequeno quarto abriu-se e uma mulher morena entrou.

"Finalmente acordou." - A mulher desconhecida falou. "Sou a mãe do Carter, Cristine." - Sorriu-me.

"Prazer." - Murmurei.

"Espero que não tenha dores."

Olho para o meu braço, vendo o mesmo com ligaduras brancas. Neguei com a cabeça pois de facto, não sentia dores algumas.

"O que aconteceu para ficar naquele estado?" - Senta-se na cama, falando.

"Receio, não poder contar, senhora Cristine." - Suspiro, sentando-me melhor na cama. "Provavelmente, chamava-me maluca."

"Claro que não! Trabalho num hospital e como tal, vejo e ouço muitas histórias."

"Pois..." - Olhei para as minhas mãos, agora um pouco roxas devido ao acontecido de ontem. "Eu fui raptada." - Comecei por falar.

"Por quem?" - Pergunta-me a senhora com idade média.

"Por um homem. Ele chama-se Joshua." - Talvez, ela pude-se conhecê-lo, mas pela expressão confusa que olhou-me, prevejo que não.

"Ele fez-te mal?"

"Já violou-me, um outro homem que também estava com ele também cortou-me o braço, partiu-me o antebraço..."

"Coitada! Nem quero imaginar o resto!"

"Estou desaparecida há 20 dias."

"É muito tempo..." - Cruza os braços. "És Camilla...?"

"Camilla Collins." - Completei.

"Há dias atrás, apareceu uma foto tua na televisão. No diário de notícias, sabes? Um tal de Mason é que falava como estava realmente preocupado contigo."

"Mason é o meu namorado. Certamente, ele estará muito preocupado comigo."

"Temos de fazer queixa à polícia." - Ela nega rapidamente com a cabeça. "A queixa já deve ter sido feita, então iremos lá e vais explicar a situação e vais ver que logo irás para casa." - Sorriu-me amavelmente.

"Não sei, senhora." - Balancei a cabeça. "Joshua é muito esperto e tenho quase a certeza que ele irá encontrar-me novamente."

"Não irá nada! Isto é um bairro comum e todas as casas são iguais, portanto ele não irá procurar aqui."

"Por ser um bairro comum é que ele vai procurar aqui. Pode ter a certeza, que aquela cabeça destroçada pensa melhor que nós duas juntas!"

"Estou vendo que sim..."

"Mãe!" - Carter entra pela porta, de repente, com respiração acelerada. "Ela está nas notícias." - Logo a mulher apressou-se a ligar a Tv presente no quarto.

"Senhor Mason, já perdeu a esperança?"

As lágrimas formaram-se nos meus olhos quando vi o meu namorado na televisão a chorar.

"Ainda não... como dizem, a esperança é a última a morrer e a minha não morrerá antes de eu encontrar a Camilla."

O repórter deixa de falar com ele e volta-se provavelmente para a câmara há sua frente.

71 Days Of PainWhere stories live. Discover now