25° Dia.

3.8K 395 214
                                    

16 de abril de 2016, Malibu.

Um barulho estrondoso é ouvido.
Puxo com força as mãos para ver-me livre das cordas. Uma das cordas acaba por soltar-se e assim tiro a corda da outra mão.

Levo a mão à boca e sinto a linha.

Levanto-me tentando não fazer muito barulho ao andar sobre a madeira velha.

Fui até à cómoda onde está o espelho. Procuro pela tesoura.

Abro umas quantas gavetas, acabando por achar as chaves que Joshua arrumou e depois de algum tempo, encontro a tesoura.

Olhando para o espelho, fui cortando as linhas, uma por uma.

Quando já todas estavam cortadas, abri a boca várias vezes.

Nem posso acreditar que consegui tirar aquilo dos meus lábios.

Retirei os restos de linha e pego nas chaves indo até à porta.

Não escutando nada do outro lado, começo a experimentar todas as chaves na porta, até que uma consegue abrir.

Coloquei a cabeça de fora e tudo está escuro. Saio devagar batendo contra uma cadeira cheia de papéis.

Procurei por toda a casa.

Joshua não está em casa.

É um alívio.

Volto para o quarto e calço umas sapatilhas.

Olhei para os papéis e comecei a lê-los.

Todos eles eram informações sobre as antigas vítimas.

Até informações minhas ele tem. As variadas consultas médicas e todas as vezes que dei entrada no hospital.

A campainha soa e deixo cair os papéis.

Oh meu Deus! E agora?

A campainha toca sem parar.

Procuro um casaco e quando o encontro reflito se abro a porta ou não.

Poderá ser o Joshua?

Bem, se fosse ele, não bateria à porta pois sabia que estava atada à cama.

Caminho até à porta e lembro-me de Richard.

Viro costas ao pedaço de madeira.

"Por favor, abra a porta." - Ouço uma voz feminina.

Logo abri a porta e um casal logo sorriu-me.

"Em que posso ajudar?" - Falei e eles olharam-se.

"Por acaso não sabe onde fica a próxima bomba de gasolina?" - Lembro-me de ter passado por uma a uns metros daqui.

"Tem uma a uns metros daqui. Desculpe a pergunta, mas para onde vão?"

"San Diego." - A mulher fala.

"Podia levar-me também? Eu..."

71 Days Of PainOnde histórias criam vida. Descubra agora