71 Days Of Pain

22° Dia.

13 de abril de 2016, Malibu.

Abro os olhos que estavam insistindo em ficar fechados e vi uma corrente de ferro no meu pé.

Mas que merda?!

"Joshua!" - Gritei. "Joshua!"

O homem entrou no quarto, olhando-me.

"Já acordaste?"

"Parece que sim. Tira-me daqui!"

"Não."

"O quê? Mas que porra! Tu ontem bateste-me porque estavas bêbedo e chamaste-me mãe!"

O homem ficou parado no tempo.

"Ei!" - Gritei e ele olhou-me.

"Deixa de ser chata!" - Senta-se na cama.

"A tua mãe batia-te?" - A resposta que ansiei ouvir não foi ouvida.

Ficamos em silêncio.

"Em que dia estamos?" - Mudei de assunto.

"13 de abril." - A sua voz foi fraca.

"Já passou o meu aniversário." - Abaixei a cabeça pensando nas comemorações enormes que a minha mãe organizava no dia dos meus anos.

A vontade de estar com Mason voltou como um flashback rápido e as lágrimas rapidamente correram todo o meu rosto.

"O teu aniversário é no mesmo dia que a Beatrice." - Vi as suas mãos fechadas e a força que ele exercia nas mesmas.

Tremi com imenso medo.

O homem saiu calmamente e voltou com a mala dos acessórios.

Uma lâmina agora estava na sua mão.

"O que vais fazer com isso?" - Disse com imenso medo.

A minha blusa foi rapidamente rasgada, deixando assim os meus seios há mostra.

Numa fração de segundos, a agonia estava presente nos meus gritos, devido ao que Joshua estava fazendo no meu seio direito.

As chapadas seguidas no rosto de Joshua. Arranhavam aquela cara desprezível.

Nada o fazia parar este sofrimento.

A lâmina continuou a deslizar e a cortar a zona. O sorriso nos lábios do psicopata assustava-me mais que tudo no mundo e só apetecia-me acordar de todo este pesadelo que parece não ter fim.

Quando a lâmina parou, pude ver o sangue manchar o meu sutiã branco.

Respirei fundo várias vezes e sem contar a mesma dor aconteceu de novo, desta vez no outro seio.

"Porque me fazes isso?!" - Gritei e ele parou, deixando o objeto cortante no mesmo sítio onde estava até então.

"Tu mereces! Todas vocês merecem pelo que fizeram à Beatrice! Pelo que fizeram à minha mãe!" - Ele está descontrolado certamente.

Tirei a lâmina, com muito custo, do meu peito que ardia neste momento.

"O que fizeram à tua mãe?" - Perguntei, encostando-me à parede oca de madeira.

"Cortaram-na. Esvaziaram-lhe o sangue todo! Há minha frente! Há minha frente, Camilla!"

"Ok... mas tu ultrapassaste! Tu começaste a sair com a Beatrice."