Especial Joshua (48º Dia.)

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20 de junho de 2017, San Diego.

Atiro Elaine para cima da cama dela e olho-a. Nunca desejei tanto a sua morte, mesmo ela sendo minha irmã. Ela ultrapassou todos os limites. Sei que também já fiz pior que ela, várias vezes e até com Camilla, mas acho que tudo tem um limite.

Camilla já deu imensas provas que não quer ficar comigo.

Depois da noite que tivemos e de tudo o que lhe disse, ela revelou que não vai acontecer mais vezes. Custou-me ouvir aquilo. Eu não estava à espera que ela me fosse negar tão depressa, tal como também não estava à espera que ela aceitasse ter a noite de despedida. É tão confuso.

Vou até ao meu quarto e pego nas cordas grossas. Volto ao outro quarto onde estava e amarro Elaine à cama. Ela ainda respira, portanto não é desta ainda. Infelizmente.

Viro costas e vou buscar uma corrente. Seguro firmemente no objeto e com muita força, bato com o mesmo na barriga da minha irmã. A mesma acorda sobressaltada e a respirar ofegantemente.

"Joshua?!" - Ela fala depois do seu corpo amolecer na cama. "O que fazes com essa porra na mão? Foste tu que fizeste isto?!" - Olha para as mãos atadas e os pés. "Tira-me daqui, seu filho da puta!" - Grita. Nego com a cabeça e puxo a cadeira, sentando-me na mesma. "Joshua, não volto a repetir!"

"Eu não te vou soltar." - Falo pausadamente, pois irrita-a muito. A mesma ferve de raiva.

"Porque estás a fazer isto?! Tu me amas! Nós vamos matar a Camilla, tal como sempre foi o meu plano." - Um sorriso doente, forma-se no seu rosto.

"Pois... Mas eu não quero seguir mais o teu plano. Que tal seguires o meu?"

"Qual plano?" - Levanto-me novamente e mais uma vez, a corrente bateu na sua pele com força. Vi os hematomas em toda a região, ficando assim marcado. A mulher contorce-se na cama, violentamente.

"Este." - Afirmo, sentando-me. "É bem mais interessante, não achas?"

"Joshua... Eu vou..." - Olha-me e levanta-se da cama, até ao máximo que as cordas deixam. "Matar-te!" - Grita a última frase e atiro-lhe a jarra de vidro, ao meu lado, à cabeça. A mesma deita-se com o impacto.

"Sabes aquela máquina que o pai tinha que lá continha os pregos e era muito mais fácil de pregar na madeira?" - O seu olhar aumenta e vejo que ela percebeu aonde quero chegar. "Que tal experimentar em ti?"

"Não!" - Vejo o quão assustada ela está.

"Ou então, posso dar-te a surra que o pai te deu, várias vezes. Que tal?"

"Sinceramente... Não sei qual das duas é pior." - Murmura.

"Decido eu, então." - Saio do quarto, procurando por todo o lado a máquina. Não a encontro. Será que Elaine já sabia da existência dela e arrumou-a? Aquela vagabunda!

Volto para o quarto e Elaine permanece com um sorriso nos lábios.

"Eu vou te arrancar esse sorriso, sua vagabunda!" - Novamente a corrente toca nela. E mais vezes se seguiram, até que começou a fazer imenso sangue. Elaine já está adormecida, novamente.

71 Days Of PainOù les histoires vivent. Découvrez maintenant