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capítulo 1/3


Lia

Eu realmente havia feito uma surpresa para Gabriel. Uma massagem sensual, acompanhado de alguns jogos com os brinquedos que Ana tinha me persuadido a comprar.

Foi uma noite de uma diversão, prazer e entrega de ambos os lados. Aos poucos iríamos descobrir os desejos e fantasia escondidos que tínhamos. Não era preciso pressa, afinal, tempo era o que não faltaria.

Na manhã seguinte, depois de acordar exausta, mas por um bom motivo, me obriguei a sair da cama. Precisava pegar Valentina antes de Ana sair para a faculdade. Gabriel me daria uma carona e depois aproveitaria para ir comprar alguns produtos de higiene de Valentina que logo acabariam.

Estava na cozinha terminando de preparar o café quando Gabriel entrou me abraçando.

— Deu formiga na cama? Achei que precisaria usar da minha persuasão para acordá-la – disse enquanto beijava meu pescoço.

— Achei melhor saltar da cama antes que você acordasse, ou nem sairíamos dela – ri, virando-me para ficar de frente para ele.

— É uma ideia – disse me beijando.

— Não, não é. Preciso pegar Valentina antes que Ana vá para a aula, esqueceu?

— É meio difícil pensar direito quando estou assim com você.

— Você ainda está de toalha.

— Achei que poderia convencê-la a tomar banho comigo...

— É uma boa proposta, mas vamos ter que deixar para mais tarde. Valentina, lembra?

Quarenta minutos depois estávamos estacionando no prédio de Ana. Passamos direto pela portaria e seguimos para o apartamento da minha amiga. No segundo toque, Ana abriu a porta segurando Valentina em um dos braços, enquanto segurava uma mamadeira na outra.

— Está tudo bem? – perguntei quando vi os cabelos de Ana bagunçados.

Ela percebeu do que eu estava falando e riu.

— Valentina realmente gosta de cabelos, os meus para ser exato. Será que indício de uma profissão quando se tornar adulta?

— Talvez. Dê-me ela aqui e vá terminar de se arrumar. Beto já saiu? – perguntei enquanto pegava minha filha e a mamadeira.

— Saiu tem uma hora. Acho que tinha uma reunião ou algo assim – disse indo para o quarto.

Entramos e fechamos a porta.

Sentamos no sofá enquanto eu fazia com que Valentina tomasse a mamadeira.

— Nossa filha deu algum trabalho? – perguntei enquanto Gabriel olhava para nós duas.

Nossa filha.

Eu tinha referido Valentina como nossa e não como minha.

Olhei para Gabriel e senti seu peito estufar de orgulho. Sorri e ele me beijou.

— Valentina se comportou como uma dama. Foi Beto quem deu trabalho. Ele está com a ideia fixa de que preciso lhe dar um herdeiro.

Ana voltou para a sala e o clima entre eu e Gabriel se esvaiu.

— Um herdeiro? E você não quer? – perguntei dando atenção para minha amiga.

— É claro que quero, mas agora não. Preciso ser efetivada na empresa em que estagio. Trabalhar durante um ano para depois pensar aumentar a família. Além do que, ainda não casamos.

A sua esperaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora