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Desculpa não postar neste fim de semana, mas escrever os últimos capítulos sempre me deixa frustrada. Escrevi e reescrevi até achar que estava bom. Espero que gostem.

Gabriel

Ver o quanto Lia estava próximo de Eduardo tirou toda minha visão. Eu simplesmente fiquei cego pelo ciúme. Foi como voltar ao passado e descobrir que os dois estavam juntos.

Fui duro com ela e as palavras ainda doíam em meu peito enquanto eu estacionava meu carro na garagem da empresa. Eu a magoei, vi isso em seus olhos, mas caralho, ela também havia me ferido e dessa vez tinha sido pior porque estávamos começando a construir algo juntos.

Estive esse tempo todo tão cego de amor que não consegui enxergar o óbvio, Eduardo jamais sairia do coração de Lia. Não importava o que eu falasse ou demonstrasse, ele sempre estaria lá.

Talvez eu tenha fantasiado tudo. Voltar ao Brasil com a esperança de fazer as coisas acontecerem diferentes tinha sido o meu maior erro.

— Você está muito nervoso. Talvez não seja melhor você ir para outro lugar? – a voz de Mel me trouxe de volta para a realidade.

— Estou bem. E de qualquer forma, preciso voltar para o trabalho. Há coisas acontecendo e eu preciso estar presente.

— Não acredito que irá conseguir trabalhar desse jeito. Não quer mesmo ir para o meu apartamento para conversar?

— Agradeço a preocupação, mas não quero falar sobre isso no momento.

— Ok, tudo bem, mas para onde você irá quando sair do trabalho? Pretende dormir no carro essa noite?

— Vou pedir para Manu procurar um hotel e fazer uma reserva por alguns dias até eu me resolver.

— Vai mesmo sair de casa? Não acha uma ação precipitada? Além do que, aquele apartamento é seu.

— O apartamento é o menos importante. Não consegue perceber que nesse momento eu não consigo pensar por mim mesmo?

— Então você vai deixar que aquela oportunista te use e ainda fique com seu apartamento?

— Agora é dela.

— O quê? – Mel quase gritou.

— Coloquei a escritura no nome dela.

Eu queria que Lia e Valentina tivessem alguma garantia se qualquer coisa acontecesse comigo, queria ambas estivessem protegidas de alguma forma, assim como meus pais fizeram comigo e com Eduardo.

— Você realmente pirou de vez! Como pôde se deixar enganar dessa maneira?

— Nós estávamos nos entendendo...

— Deu para perceber. Deve ser por isso que ela estava tão feliz. Seu amado havia voltado e de quebra ainda ganhou um apartamento.

— Ela não sabe que fiz isso. Eu iria contar quando...

— Quando o quê? Por favor, não me diga que pretendia pedir a mão dela em casamento?

Como não respondi , ela continuou a falar.

— Ainda bem que não fez isso, seria ainda mais humilhante depois do que aconteceu hoje.

— Você quer calar a boca Mel? – falei chegando ao meu limite.

— Agora vai me odiar por falar a verdade?

— Apenas fique calada, ok? – pedi querendo um minuto para ordenas meus pensamentos antes de saltar do carro.

A sua esperaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora