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-6 horas? Você estava na fisioterapia ou em um encontro com aquele asiático?- perguntou Nathan indignado assim que entramos no apartamento.

Quando voltei a recepção, depois da sessão de fisioterapia, encontrei Nathan dormindo com a cabeça escorada em uma senhora que também dormia. Fiquei surpresa por ver o quanto ele parecia vulnerável sentado ali, mas não mais do que achei engraçado a cena.

-Eu estava na fisioterapia, e você?- apoiei as mãos na cintura assim que deixei as muletas ao lado do sofá.- Estava me esperando ou em um encontro com aquela senhora?

Nathan respirou fundo, e depois pegou uma almofada e jogou na minha direção. Desviei com facilidade, enquanto ele não conseguia segurar uma risada. Eu estava com um ótimo humor.

Nathan e eu conversamos por horas, contei a ele sobre tudo que tinha feito e ele ficou impressionado com o tratamento, assim como eu

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Nathan e eu conversamos por horas, contei a ele sobre tudo que tinha feito e ele ficou impressionado com o tratamento, assim como eu. Depois ele me contou que pesquisou sobre aquele lugar, e que diversas estrelas do mundo dos esportes faziam tratamento ali.
Deveria ser muito mais caro do que eu imaginava o tratamento naquele lugar.

Fiquei sentada na bancada da cozinha vendo Nathan cozinhar, ele também estava de bom humor, o que facilitava as coisas entre nós. Ele cozinhava uma espécie de macarrão, que não parecia tão apetitoso quanto nossas barrigas esperavam.

-O Jay e a Agnes estão de volta sexta feira.- disse Nathan, e aquilo me empolgou.

-Achei que eles não iriam voltar nunca mais dessa viajem.- disse com um sorriso.

Nathan ainda estava de costas para mim, mas eu podia ver os ombros dele ficarem tensos de repente. Algo naquele assunto não era bom para ele.

-Agora a Agnes pode cuida de você.

Senti um aperto no peito, quando percebi o quanto ele parecia triste em dizer aquilo. Nathan estava triste por pensar na ideia de ficar longe de mim, mas mais do que isso, magoava ele imaginar, que eu estava feliz e aliviada com a ideia de ficar longe dele.

Com todo cuidado, pulei de cima do balcão, para me aproximar dele. Eu não pensei, apenas fiz. Em um segundo abracei Nathan por trás, e escorei minha cabeça nas suas costas. O corpo dele enrijeceu, eu pude sentir sobre as palmas das minhas mãos na sua barriga.
Ele não esperava aquela minha atitude, nem eu em fazê-la.

-Não quero que você vá.- minha voz saiu fraca, mas perfeitamente audível.

Nathan se virou, transformando meu abraço ingênuo em algo bem mais intimo, seu olhar se direcionou para baixo, diminuindo a distancia entre nossos rostos. Em seus olhos um fogo queimava, substituindo qualquer tipo de sentimento que poderia ter vindo antes. Em algum momento eu consegui quebrar os muros dele, e como se não tivesse receio, ele me deixou entrar.

-Eu também não quero.

Os olhos amendoados dele brilhavam, e mesmo que ele estivesse em silencio eu podia ver o quanto ele se sentia aliviado por se permitir dizer aquilo. O ar sumiu dos meus pulmões, meus olhos se desviaram dos dele e seguiram lentamente para seus lábios.
Eu não planejei, nem sequer pensei, apenas grudei meus lábios no dele.

Rapidamente Nathan cravou os dedos na minha cintura e me puxou para mais perto de si, em busca de uma passagem da sua língua para a minha boca. E quando eu permiti que ela passe, um fogo explodiu dentro dos nossos corpos, queimando tudo ao nosso redor.

Ele me empurrou contra a bancada, e intensificou seu beijo. Gemi de baixo dos seus lábios, ao sentir a fisgada que a minha perna deu ao ser arrastada, levemente pelo chão. Nathan interpretou minha atitude de outra forma, e me pressionou ainda mais com o seu corpo. Meu cotovelo bateu no interruptor, desligando as luzes da cozinha, mas nem assim ele parou. E a dor que havia sentido, se foi quando senti a ereção dele crescer em mim.

Minhas mãos se desviaram para seu peito, descansando levemente por cima dos músculos rígidos dele, depois subiram até seu pescoço, laçando sua nunca e levando ela na minha direção. Nosso beijo se tornou audacioso, e eu já podia sentir uma gota de suor correr entre meus seios. Eu não aguentava mais aquilo, o calor era de mais, e minhas necessidades tão grandes.

Empurrei ele para longe de mim, depois olhei em seus olhos e puxei sua camisa para cima. Nem precisei esperar ele decidir, o mesmo levantou os braços facilitando a retirada. Analisei cada musculo do seu troco quando tirei a sua camisa, e a joguei no chão.
O corpo dele era lindo, todo desenhado trincadamente, e as linhas negras das suas tatuagens deixavam tudo ainda mais destacado para meus olhos. Com o dedo contornei o desenho tatuado no seu peito, enquanto ele fechava os olhos e curtia meu toque.

Quando conheci Nathan ele era um garoto tão ingênuo, pelo menos eu achava, era alegre na maioria do tempo. Realmente tinha criado um afeto por ele, que aos pouco foi progredindo até se transformar em desejo. Com o tempo de convivência, percebi as mudanças no humor dele e a forma como ele deixou de ser um garoto e se transformou em um homem.
Ele era a personificação de tudo que eu queria ser, era misterioso, sutil e impecável com tudo que fazia. Ele era uma inspiração todos os dias para mim, e era impossível não admirar tudo que ele estava conquistando.
Cada vez que eu o via em alguma pagina de revista de esportes, ou até vídeos na internet, me sentia ainda mais atraída. Não pela fama que ele ganhava, mas sim pela inspiração que ele se tornava.
Eu sabia que ele escondia alguma coisa, mas fosse o que fosse, nada poderia apagar o que o tempo tinha tornado ele para mim.

Me aproximei mais uma vez, deslizando minha mão pela sua barriga trincada e firme, até chegar no elástico da sua calça de moletom.


Nathan me pegou no colo quando percebeu minhas intenções, e voltou a me beijar daquele jeito que queimava tudo ao nosso redor. Uma das minhas pernas enlaçou a cintura dele sem que eu precisasse ordenar, enquanto a outra parecia sem vida. Ele me levou até a cama do meu pai, onde ele havia passado todo aquele tempo, e me jogou em cima do colchão, para me devorar com os olhos depois.
Meu coração estava a mil, e não conseguia desviar do olhar malicioso dele na minha pele. Ele mordeu o lábio inferior da sua própria boca, e aquilo foi de mais para mim.

Arranquei a minha própria camisa gigante, deixando exposto o conjunto de langerie negra que usava. Nathan mordeu o lábio mais uma vez, em seguida afundou o nariz no meu pescoço, inalando meu cheiro com intensidade.
Todos os pelos do meu corpo se arrepiaram com aquela atitude dele, depois disso ele mordeu meu ombro, como se a muito quisesse fazer aquilo.
As mãos dele encontraram as minhas, ele as prendeu contra o colchão, as erguendo a cima da minha cabeça. Me encurralando completamente, seus lábios desceram no meio dos meus peitos, se arrastando pela minha barriga e fazendo meu quadril se erguer em resposta.
Ele soltou as minhas mãos para chegar ao elástico da minha calcinha com a boca, então ele mordeu naquela região também. Um arrepio ameaçou paralisar tudo dentro de mim, assim que senti seus lábios cravarem na minha pele.
Enterrei meus dedos no seu cabelo, deixando um pequeno gemido escapar de meus lábios.

Foi então que o celular dele começou a tocar de baixo do meu travesseiro, nem a vibração que o aparelho fazia nos distraia. Ele estava concentrado beijando e mordendo ao redor da minha virilha, num tipo de castigo perverso.
A ligação caiu, mas aquilo não foi suficiente para quem quer que ligasse, por que em menos de um minuto o aparelho voltou a tocar.

-Acho que eu alguém esta precisando urgente falar com você.- minha voz saiu fraca e rouca, como se eu não a usasse a muito tempo.

Ele não parou o que estava fazendo, me deixando cada vez mais fora de mim, com seu toque em uma das minhas áreas mais sensíveis. Peguei o celular em baixo do travesseiro, para desliga-lo, mas quando o trouxe na direção dos meus olhos, vi a palavra "Amor" piscar, e a foto de Mag aparecer para dar vida à parte desconfiada da minha mente, que tinha sumido.

Quase, sem quererWhere stories live. Discover now