Estrangeira-5-I

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Piccolas, mais um capítulo para vocês...

Votem e comentem, não dói e ajuda bastante assim como alegra-me.

Boa Leitura.

Roma-Italia/ Fevereiro.

Acordo percebendo que estou no chão da biblioteca com pelo menos três garrafas vazias de Bourbon, três foram as que pelo menos consegui contar antes de levantar-me. Haviam mais duas em cima do grande sofá que ficava no centro do cómodo e uma no chão junto com meu celular.

Olho ao redor e posso ver mais duas e estilhaços de vidro e claramente muito Bourbon desperdiçado no tapete caro da Baronesa, se eu não morrer pela dor de cabeça, certamente irei morrer com um dos anjos da minha mãe cortando a minha parte intima.

De onde eu tirei tanto Bourbon? E desque quando eu sou dramático?

Levanto-me com dificuldade, não faço a minima ideia do que estou a fazer bêbado aqui e nem do motivo de ter bebido. A pior parte de tudo isso é que nem é a pior parte, mas talvez ter bebido fez-me ter um sono sem meus demónios para perturbarem-me, há coisas das quais não podemos simplesmente fugir e muito menos enfrentar.

-Então você está aqui. -Não sei se é pela minha maldita dor de cabeça, mas a voz de Vincenzo faz-me querer matá-lo, talvez um olhar de lazer ajudaria agora. -Espera ai, o que aconteceu com você?

Talvez um olhar de lazer seja prático e indolor demais, dissecar seu corpo seria melhor ainda. Cada passo que dou em sua direção sinto meu peito arder, as lembranças do dia anterior invadem minha mente, queria apenas continuar com a minha amnésia pós ressaca.

-Eu já sei Light. Ele contou-nos essa manhã, e por mais que seja difícil de acreditar assim como aceitar, sabemos que dará tudo certo. -Vicenzo e suas palavras sábias, sempre optimistas. -Agora levanta-te daí e reage, ele quer falar conosco daqui á alguns minutos. Recomponha-te irmão. -Pede, enquanto junta as garrafas vazias.

-Certo. -O que mais eu posso dizer? Além de sentir como se o big-bang estivesse acontecendo dentro da minha cabeça, não estou com vontade e paciência para aturar meu irmão que se auto declara politicamente correcto.

-Isso é tudo que você tem a dizer? -pergunta bufando alto o suficiente para fazer-me olhar para ele.

-Sí. - O que mais ele quer ouvir? Estou com dores de cabeça e tudo que eu quero é talvez matar algumas pessoas.

-Ah, esqueci que você fala menos que um recém nascido. -sorri de lado.

Quando Vincenzo usa eufemismo em suas frases, tem apenas um significado, ele está chateado e quer irritar-me. Meus irmãos conseguem ser muito idiotas por vezes, cortesia da familia Bonatero que cá entre nós, até o diabo tem medo. Quem olha de longe acha que somos uma familia normal, com muito amor para dar, até certo ponto pode haver verdade nisso mas, no meu caso, essa família é problemática demais para qualquer um achar que poderia aventurar-se por aqui.

Meu irmão incoveniente que é, puxa-me pelo braço até a saida da biblioteca e bem, ele é muito atrevido apesar de seu jeito certinho, mas a verdade é que ele também tenta esconder seus demónios, diferente do idiota do Enzo, Vicenzo é sensato e muito compreensivo para a idade que tem. E eu na verdade acho muito útil esse seu lado pois alguém nessa familia deve ao menos tentar ser, talvez algum ser nesse vasto universo é sábio o suficiente para fazê-lo dessa forma, diferente dos nossos pais, mas talvez Pietro Bonatero tivesse essas qualidades, pois para lidar com a fera que a mamma é, apenas um homem compreensivo e sensato, sem tirar o paciente e bom ouvinte.

O Filho do Barão [COMPLETO]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora