Minhas dores-27

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Desculpem pela demora amores... O bloqueio tem sido minha companhia nos últimos dias.

Capítulo betado pela PCookieey  minha CookieCrocante. Singam ela.

Boa Leitura.

Toscana/Itália

LIGHT

Havia um peso sobres meus ombros, um peso imenso que eu sustentava e por mais que aquilo acabasse comigo e com tudo o que eu lutei para construir, eu não poderia deixar ir. Minha mãe sofreria, meus irmãos também e já bastava não ter Danna connosco. Vários foram os factores que tornaram-me num homem frio, vil e no assassino mais temido de todos os tempos no submundo —havia 14 pessoas tão boas quanto eu e claro que eu era o décimo quinto. Várias foram as causas pelas quais lutei e junto com os outros eu venci, entretanto a única causa que era só minha estava  prestes a acabar com o pouco de bom senso e empatia que existia em mim.

Quando se passa mais de 8 anos sendo moldado para ser o homem perfeito ou seja, sem emoções o suficiente para nunca voltar atrás numa decisão ou até execução, sempre haverão pactos a serem selados e vidas em jogo. Há sempre um custo a pagar-se quando o quesito é atingir a perfeição.

Homens perfeitos são cruéis.

Você nasceu para ser melhor que os nossos ancestrais. Eu havia feito um pacto á alguns anos atrás, um pacto que me permitia ter minha familia segura acima de qualquer coisa. Eu era descendente de Apolo Bonnatero e também de Beserker Bonnatero, o que fazia de mim mais que apenas um barão —fazia de mim um Beserker. Meu pai sempre dizia-me que para alcançarmos o sucesso no submundo era necessario saber com quem fazer alianças e honrá-las sempre. Honrar seu sangue e sobrenome.

Não existia honra no submundo do submundo e para sobreviver eu tive que matar várias pessoas. Ou você é a caça ou é o caçador e a sorte nunca estivera de facto ao meu lado. Eu sai daquele lugar com uma missão, uma simples missão que fui incapaz de concluir porque eu fraquejei, eu não poderia fazer aquilo, não com eles e não faria minha dor simplesmete desaparecer, certamente a tornaria imensa e gradativamente insuportável até que eu perde-se completamente a sanidade. Era matar ou morrer, proteger ou perder —eu escolhi proteger.

Era um maldito Karma talvez, um Karma que não pertecia a mim e sim aos meus acentrais, a todos aqueles que vieram antes de mim, porém eu acabei herdando juntamente com seu DNA.

Tudo que eu tinha de fazer naquele momento era respirar e continuar a esmurar o saco de pancadaa a minha frente. Se eu atravessasse outra vez a linha entre a vida e a morte eu sabia que não conseguiria parar —não com todo o ódio que emanava em mim. A série de socos e chutes precisos e rápidos mantinham minha mente ocupada e eu podia sentir a energia esvair-se do meu corpo. Eu tinha o corpo preparado para derrubar homens e correr vários quilómetros sem cansar-me. Os diversos momentos que passei numa sala escura sendo esfaqueado, sufocado, chicoteado, queimado e afogado fizeram de mim um excelente assassino —um sobrevivente que estava agora num buraco culpando-se pela morte da irmã, porque fui incapaz de matar Kazama quando tive oportunidade á 8 anos atrás.

Kazama!

Não apenas ele, mas todos aqueles que torturara-me e levaram-me para longe da minha familia cedo demais. Eu não tive o amor da minha mãe quando mais precisei —sonhava com ela mais não podia tocá-la e pedir-lhe perdão por ser fraco e deixar que me levassem. Nos meus pesadelos eu nunca pude alcançá-la. Tudo que eu sofri fez com que eu odisse as pessoas, minha dor fez-me frio e todas as minhas cicatrizes fizeram de mim um homem repleto de mágoa e com sede de vingança.

O Filho do Barão [COMPLETO]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora