Cupcake & Manteiga-30

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Hey bolinhos... Perdoem pela demora...

Mais um capítulo para vocês
(OS CAPÍTULOS AGORA SERÃO UM DIA SIM E UM NÃO)

Boa Leitura.


KALAHARI

Um dia antes...

—Meus bambinos finalmente tornaram-se adolescente. —disse minha sogra, sua voz altiva era quente e soava tão materna que era capaz de aquecer o coração de qualquer um.

Beatrice Bonnatero era simplesmente divertida e doce. Muito doce para alguém que fora classificada como uma das assassinas mais perigosas do submundo. Era uma mamã Ursa. Ela abraçou Light, assim que ele entrou na cozinha, distribuído beijos por todo o seu rosto e apertando suas bochechas exibindo um biquinho engraçado. Gianna já havia passado da secção xoxo e mimos.

Era algo engraçado de presenciar.

—Mamma. —reclamou Light.

—O quê? —indagou minha sogra, fazendo-se de despercebida. —É só um pequeno cupcake para os amores da minha vida.

Mentira. Ela mandara fazer um cupcake do tamanho de um bolo para mais de trinta pessoas.

—Mamma, eu também sou? —questionou Enzo, exibindo sua melhor expressão de inocente.

—Você e o seu irmão são meus bebés, minhas joinhas e claro os meus bolinhos.

Meu sogro sorriu de lado, divertindo-se com cena hilária que dessenrolava-se. Gianna conversava com Tafadzua escondida atrás do pilar da ilha, tentando não chamar atenção e eu divertia-me ainda mais assistindo o desespero dos gémeos, que agora eram os alvos da doçura excessiva da mãe.

Estavamos bem. Eu queria acreditar que sim. Que estávamos todos bem.

Apesar dar perda, da dor e das saudades estávamos todos seguindo em frente. Todos apoiados uns nos outros, como uma família realmente deveria ser em momentos assim. Eu amava estar aqui, acordar todas manhãs e ver o lindo par de olhos azuis olhando-me com amor e paixão —com certeza muita coisa havia mudado e um bom par de meses se haviam passado desde o dia lindamente trágico que fora o meu casamento, e depois a morte de Giordana sem contar com os recentes ataques contra os casulos das cinco famílias; mas apesar de toda a agitação, Light parecia impassível e imperturbável até demais para o meu gosto. Todas as noites ele fazia questão de colocar Mariah para dormir, ele cantava e contava histórias para ela; Light era mais que um homem ferido, e eu sabia que existia uma parte dele que era carinhosa, altruísta e bondosa —o que poderia soar como uma mentira.

O dia estava particularmente bonito, os pássaros, os homens que ao longe trabalhavam nos vinhedos com seus grandes chapeus de palha e macacões, os raios solares que infiltravam-se pelas janelas e o ar fresco que batia sobre minha pele —era o clichê de um dia bonito e perfeito.

Um belo clichê.

Dei uma mordida generosa na minha torrada na tentativa de esconder o meu sorriso, era engraçado a maneira que minha sogra lidava com seus filhos na maior parte das vezes —mamma Ursa, não era um adjetivo que lhe fazia justiça. Era tudo muito engraçado. O pequeno cupcake com cobertura de chocolate e menta estava sobre a mesa do pequeno almoço na cozinha —, era um bolinho grande demais para ser um cupcake. Tudo obra da minha querida sogra claro. Sobre o bolo-cupcake, haviam três grandes velas no formato aspiral, duas amarelas e uma azul —hoje os trigêmeos completavam 23 anos, e era doloroso saber que Danna não poderia apagar sua velinha. Sorri. Um sorriso de total nervosismo e tristeza. Light estava com sua típica expressão impassível, no entanto eu sabia exactamente o que se passava na sua cabeça, ele sentia falta dela, assim como todos nós o fazíamos, mas o importante era que ela viveria para sempre dentro das nossas mentes e guardada em nossos corações e aquela terceira velinha representava isso: o amor que todos nós sentiamos, as saudades que transformamos em lembranças bonitas que seriam eternas e a alegria de saber que ela estava num lugar melhor, onde não havia dor e tristeza.

O Filho do Barão [COMPLETO]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora