Perda-24

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Cakies Cremosas :(... "A dor dá-nos a certeza de que somos humanos, ela não habitua-se, porém pode ou não ser suportável.

Dedico esse capítulo, a mim mesma, por todas ás vezes que pensei em fazer o mesmo, porém não fui corajosa o suficiente para seguir em frente, dedico a todos aqueles que já pensaram ou pensam em fazer o mesmo e apenas digo "Rejeite a rejeição e desista de desistir."

Boa Leitura.

Toscana/Itália

KALAHARI

-Eu vou acabar com você sua negrinha. -Judith gritava enraivecida. Olhei de esguelha e notei que meu marido olhava-me com admiração. -E você seu traidor...

Os homens de Light estavam espalhados por toda sala para protegerem-nos caso algo saisse do controle, e se Judith abrisse a boca não seria nada bom. Com as costas da mão dei-lhe uma bofetada que fez com que os ossos do meu dedo tocassem -aquilo doía. Sua face inclinou-se alguns ângulos para o lado e um fio de sangue escorreu por sua boca.

-Cala-te sua puta. -sussurei, para que apenas ela ouvisse. -Não te vou deixar falar o que não deves.

Light nada fazia. Estava sentado na cadeira que trouxera para mim, fitado-nos, bebericando seu uísque e sorrindo de lado.

-Com medo Baronesa. -Judith cuspiu gargalhando. -Eu quero que você me esbofeteie com mais força, por que eu vou cortar você lentamente quando trocarmos de lugar. Seu marido está olhando, faça o seu melhor e deixe o psicopata traidor orgulhoso.

Suas gargalhadas irritavam-me ainda mais. Enfiei minhas longas unhas em seu pescoço. Eu precisava acalmar-me ou então não o faria aquilo melhor maneira possível. Não a faria sentir dor o suficiente.

-Talvez você devesse perguntar ao seu marido, como funciona uma boa tortura. -Gargalhou mais alto ainda, olhando directamente nos meus olhos. A loira era com certeza corajosa. -Você devia perguntar-lhe sobre a dor e o medo de morrer... Das noites que ele passou dentro de uma caixa cheia de escorpiões ou talvez como ele teve que retirar dez balas do corpo sozinho.

Judith gargalhou. Ela divertia-se com áquilo -era divertido para ela, Light ter passado pelo pior.

A mãe de Judith chorava copiosamente, enquanto o pai assistia a tudo frio e sem demonstrar um fio de medo por ele ou por sua família. Os homens da máfia nunca se importavam realmente com as mulheres da sua família - eram todos uns filhos da puta.

Pela minha visão periférica, pude ver Light levantar-se da cadeira que a algum tempo atrás, eu estava sentada -como uma verdadeira Baronesa. Ele largou o copo cheio de bebida na mesinha de centro e caminhou lentamente te mim. Judith arregalou os olhos e eu engoli em seco -ele parecia sombrio- afastei-me um pouco de Judith, assim que Light aproximou-se ainda mais de mim.

Cazzo!

Pelo som eu percebi na hora o que estava a contecer. Fechei os olhos com força e pude perceber que minha respiração estava lenta. Não. Isso não - tinha que ser um sonho.

-Cazzo! Preparem o carro agora. -Vociferou Light, saindo como um raio do quarto. Descalço e descamisado.

Cazzo! Ele não podia sair sem camisa. Corri sem pensar até o closet e peguei a primeira camisa que vi pela frente. Eles não podiam ver. Isso não estava acontecendo - sussurei para mim mesma, calçando o primeiro para de chinelos que vi pela frente e corri para o quarto de Giordanna. A água molhava o tapete rosa e parecia misturado com algum tipo de corante vermelho. Havia água pelo chão do banheiro também. Light estava estático como se não acreditasse no que via-nem eu acreditava.

O Filho do Barão [COMPLETO]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora