Baronesa-32

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Recta final? Sim...

A Cupcakie de vocês está com livros novos na plataforma, não deixem de dar uma olhada. NO LIMITE & HAEGER.


Boa Leitura.

KALAHARI

—Ele voltará certo? —indagou Gianna, seu tom de desespero era cortante. —Digam-me que ele voltará. Que daqui a pouco teremos notícias da mamma e que vai tudo ficar bem. —além de desesperada ela estava agitada, e infelizmente não conseguira obter resposta nenhuma. A ruiva estava visivelmente em pânico.

De alguma forma todos nos estavamos desesperados por notícias.

A sua mãe estava numa cirurgia, que já durava à 3 horas e tudo que poderíamos fazer era sentar,  esperar e orar para que tudo desse certo. Para que ela ficasse bem e para que ele tambem estivesse.

Ele já não estava aqui. Eles o levaram e com certeza não o deixariam voltar. Apertei a mão do meu pai depositando força desnecessária. Estavamos todos preocupados. Beatrice Bonnatero deu entrada no Hospital particular dos Bonnatero com a vida por um fio. Ela salvou-me, na verdade ela e Light salvaram a mim e aos bebés. Não consigo imaginar-me no seu lugar—com certeza meus bebês não estariam aqui, dentro de mim. Passei a mão pela minha barriga, fazendo com que minha mãe olhasse para o meu gesto nem um pouco discreto com a sombrancelha arqueda,  um olhar totalmente indagador. Ignorei-a. Era tudo que eu podia fazer momento.

—Alguém diga a porra de uma palavra. Merda!

Todos estavam em torno de seus próprios pensamentos, espalhados pela sala de espera com semblantes tristes, preocupados e fechados. Eu estava perdida e sabia que a qualquer momento,  teria um ataque de pânico também. Ele foi embora e suas últimas palavras foram que eu não era nada para ele —nada além de um amuleto da sorte. Com a minha aquisição, vieram ainda mais riquezas e aberturas comerciais em territórios africanos repletos de riquezas.

Era tudo mentira. Eu sabia que era tudo mentira. Se ele não o fizesse, não seria apenas minha sogra numa sala cirúrgica e talvez eu não tivesse que passar nem por uma cirurgia. Ele simplesmente pensou em todos, antes dele mesmo. E pensar que ele passará por toda aquela dor novamente quebra mais ainda o meu coração. Ele fora embora sabendo que sua mãe estava entre a vida e a morte. Ninguem merecia ficar no escuro. Ninguem merecia passar pelo que ele estava passando. Tudo por causa de uma maldita vendetta, ter que vender sua liberdade em troca de protecção para sua família, uma vez que de qualquer forma seria uma falsa paz.

—Acalma-te, Gia. —pedi-lhe. Gianna simplesmente sibilou uma série de palavras desconexas, antes de retirar-se da sala fechando a porta que ligava a sala e o jardim forte o suficiente para fazer Mariah remexer-se nos meus braços.

—Errr... Eu vou... —pronunciou-se Tafadzua.

Dei-lhe um sorriso amarelo.

Estava tudo perfeito demais antes do ataque surpresa. E eu havia aprendido que tragédias simplesmente aconteciam, nunca vinham com um aviso de antecedência e nem enviavam sinal de fumaça como alerta. A felicidade tinha a tendência de durar pouco na maioria das vezes.

O pai dos meus filhos estava à quilómetros de distância. Numa maldita ilha cercada pelo inimigo. E para piorar, não sabíamos se minha sogra sobreviveria. Estava tudo a dar errado demais e a situação toda deixava-me angustiada. De alguma forma a maioria dos soldados estavam incapacitados e nosso arsenal fraco demais, o que não era bom. A solução seria uma reunião de emergência, para que pudéssemos reagrupar todos os nossos homens, ou pelo menos o que restaram deles, pois depois que Vittorini e seus soldados de plástico se foram, Zander veio com a notícia que eu tanto temia. Uma boa parte dos soldados da família Bonnatero haviam sido envenenados. Um plano bem traçado. Envenenar a água e todos os mantimentos do Casulo.

O Filho do Barão [COMPLETO]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora