Kazama-37

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E brevemente o nosso tão obscuro Light estará despedindo-se das suas piccolas e bambinas.

Boa Leitura.

LIGHT

Se havia algo que Light não duvidava era do desejo intenso pelo poder que corria rapidamente pelas veias dos homens sentados na grande sala de reuniões pertencente a Cosa Nostra. Ele estava sentado no tão cobiçado trono, o trono digno de um rei,  revestido por cores escuras e sombrias. As grandes e sufisticadas cortinas estavam meio abertas o que permitia que a luz do sol se infiltrasse pelas janelas dando um ar menos sombrio ao local.

Não é como se mudasse grande coisa, mas logicamente fazia uma pequena diferença.

Eu estava sentado no seu lugar de direito, um pouco acima dos demais, porém não tão distante para que parecesse mais um rei e menos um Don. Os homens sentados ao seu redor, incluindo Claude Trichet, Alexander Kazama e seu pai, juntamente com Claude Trichet, o consigliere. Todos os associados estavam com seus charutos em mãos e o Dalmore 18 anos, eu particularmente detestava o cheiro de charutos cubanos.

Que todos eles tivessem seus malditos pulmões arrancados por disperdiça-los com merda burguesa como charutos caros.

A falta de Andreoni Vittorini era claramente sentida, uma vez que o seu lugar fora rapidamente substituído por Kalahari, o que não agradara a pelo menos metade dos associados. Lentamente levei o meu velho uísque a boca, o vidro frio do copo chocara com os meus lábios duros e grossos e a leve queimação que alojou-se em meu peito me fez fechar os olhos enquanto gemia em frustração e antecipação. A doença de Andreoni Vittorini era a única razão para que todos os associados se reunissem pedindo informações sobre a minha possível permante liderança.

Fodidos idiotas.

Não precisava ser um especialista em perfis ou em merda para saber o real motivo da reunião. Estavamos cercados de inimigos —obviamente era tudo ou nada e porquê não jogar com o nada? Foi meu primeiro pensamento.

As mãos de Kalahari correram por minha coxa, o toque intimo transmitia calor. Sim, calor era o que se alojara em minha barriga. No entanto aquele toque transmitia mais que o calor cru e excitante. Era uma fala táctil que transmitia calma.

—Com sua permissão Don. —Pediu Ramiro, um dos associados. O homem baixo, porém bem constituído e com traços puramente franceses folheava uma dúzia de papeis que estavam em sua frente. Logo no meio dele, a minha esquerda estava Alexandre que não tirava seus vivos olhos castanhos dos azuis de mim e de Ártemis. —É de estrema preocupação a doença que abateu o nosso Don anterior. Os Capos estão intrigados com a mudança permante da liderança e os associados estão esperando respostas positivas, assim como comandos que os permitam levar a diante os negócios da família.

Exibindo um sorriso preguiçoso, Claude levou suas costas largas até o encosto das cadeiras feitas de madeira bem polida e descansou suas mãos sobre a mesa. O gesto folgado e desrespeitoso.

—A verdade é que o patriarca do nosso grande clã, da nossa família e da nossa organização está entre a vida e a morte. —salientou Claude. —Todos estão curiosos para saber quais serão as acções exectudas pelo nosso actual e magnífico Capo dei Capi, uma vez que mesmo sendo o actual Don, você continua sendo o inimigo. Com todo o respeito.

Nada seria mais prazeroso que enfiar sua cabeça grande em seu traseiro sujo.

—Desculpe, deixe-me corrigi-lo, Trichet. Andreoni Vittorini não está doente. —expliquei pausadamente. Minhas mãos estavam encostadas nas mãos do grande trono, o que podia ser levado como um simples gesto de poder, assim como de superioridade. —Ele está morto. Ou pelo menos estará após essa palhaçada estúpida que vocês divertidamente denominaram como reunião de emergência. Tsc. Tsc.

O Filho do Barão [COMPLETO]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora