Traidores-28

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Perdoem-me pelo atraso para postagem... Estava muito dodói.

Deliciem-se e não esqueçam de comentar e votar OK?

Boa Leitura.


LIGHT

Eu não era um homem sentimental — seja por quaisquer motivos que fossem. Eu sempre fui uma criança inexpressiva e acabei tornando-me num adulto frio e desinteressado, no entanto a morte da minha irmã havia mexido comigo e isso era uma bela porcaria — ser emotivo era tudo o que eu não queria ser e nem precisava no momento. Era o meu dever proteger minha família, assim como todas as famílias aliadas.

O que eu havia feito? Nada aos olhos de muitos, no entanto o meu silêncio e a minha calma era uma enorme dor na bunda de Alexandre e do homem em que um dia eu confiei.

Mais merda para lidar e mais merda para limpar.

Estavam todos a olhar-me com o semblante impassível —estavam obviamente preocupados, uma vez que seus olhos os traiam da maneira mais clichê do mundo. Os olhos escondem a verdade da alma era a frase preferida de Atena. E eu estava decidido a colocar um ponto final do tamanho de Golias, talvez mais que isso naquela situação. Estava disposto a sacrificar todas as minhas peças para que a minha rainha ficasse protegida —e a minha rainha, não era apenas Kalahari, minha familia era a mimha rainha e eu faria um jogo diferente dessa vez. Sacrifique cem para salvar dez, era uma lógica estupida eu sabia, no entanto eu não iria cair mais nos famosos jogos da escolha.

Era simples: Escolha ou Morra!

Aquele maldito jogo, atormentava-me mais do que eu imaginei que faria. Ser pressionado a escolher uma presa para o abate, era de desumano e de certa forma horrível. Até que eu cansei-me de jogar e decidi tornar-me no mestre do jogo.

Alianças valem mais que mil moedas de ouro e as minhas eram alianças diferentes —os Beserkers eram todos diferentes.

Sentei-me no sofá negro que ficava na grande sala clara da casa, do meu lado direito estava Vicenzo, Kalahari sentou-se na mão da cadeira fitando a todos aqueles com atenção e calma, e eu sabia que quando ela entrava no seu modo falcão, ela tentava colocar todas as imagens da sua cabeça de modo a usá-las quando fosse necessário. Melissa e Giovanna olhavam para mim e Kalahari com curiosidade visível — não eram nem um pouco discretas. Os chefes das famílias, cujo medo chutara suas bundas pareciam insatisfeitos.

Eu não os culpava. Eu estava igualmente insatisfeito e aquilo trazia um gosto amargo a minha boca.

—A que devo a honra de vê-los? —indaguei.

Eles estavam desconfortáveis. Eu estava entediado.

—Houveram uma série de contratempos. Os Capos estão apreensivos. —disse Enzo, sua expressão fechada e as linhas duras em sua face mostravam quão enraivecido ele estava.

—Os Capos de Seatle, Japão, Botswana e Brasil. —anunciou Kalahari, prestando atenção em cada movimento que ela e seus homens faziam.

—É um prazer finalmente conhecê-la Baronesa. —pronunciou o Capo Brasileiro.

Por algum motivo, o tom que ele usara ao dirigir-se á Kalahari, incomodou-me. Stanley Luis Albuquerque, mais conhecido como o Loiro Casanova era um dos meus melhores Capos —o que lhe garantira mais que apenas o comando de um país, mas também o subcomando dos casulos pertencentes a todos os países que encontravam nos países da América Latina, no entanto isso estava prestes a mudar caso ele não parasse de olhar e falar com minha mulher com o tom de flerte óbvio e podre. Torci meu dedo indicador, fazendo-o estalar e chamar atenção de Kalahari e Vicenzo.

O Filho do Barão [COMPLETO]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora