Bicolores-33

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Recta final!?
Emocionem-se comigo e apsixonem-se.

Boa Leitura.

KALAHARI


Três meses e meio se haviam passado e eu estava no fim da gestação. A barriga enorme e os pés inchados não facilitavam a minha coordenação motora, eles mexiam tanto que doía ainda mais por saber que Light, não estava comigo para senti-los chutar com vontade e não me deixando dormir. Será que ele perderia seus primeiros passos também? E suas primeiras palavrinhas? Eu não fazia ideia de como iria chamá-los, uma vez que o meu maior desejo era que o pai  escolhesse os nomes para cada um.

Apesar da falta que Light fazia, coisas boas acabaram acontecendo, como por exemplo mamma saindo do coma e um mês depois tendo sua alta. Gianna e Kammily finalmente decidiram assumir o namoro e noivaram um mês e meio depois do grande anúncio. Vicenzo estava oficialmente namorando Tafadzua e céus, eles formavam o casal mais lindo que eu já vira, perdendo apenas para meus sogros que apesar de algumas brigas e de tudo que Pietro Bonnatero havia escondido, mostraram que o amor que sentiam um pelo outro superava qualquer obstáculo e os mantinha firmes, com os pés no chão. Sem segredos e sem possíveis ataques surpresa. No entanto, o que fora uma verdadeira surpresa foi o facto de mamma garantir que durante seu período de bela adormecida, Light a visitou várias vezes, o que tornou-se um completo choque para todos nós. Não havia como ele entrar sem que as câmeras o flagrasseem ou os soldados não o vissem, porém Light era Light. Enzo tornara-se o meu fiel escudeiro. Sempre preocupado, feliz com a chegada dos sobrinhos e sempre de olho em tudo que dizia respeito a minha segurança e a segurança da família.

Mas como não existe uma história em que resume-se apenas em fogos de artifícios e sorrisos. Light estava a determinado a deixar-nos sem um método de defesa. Todas as cargas sendo impiedosamente afundadas, embora não houvessem baixas. O que deixara-nos preocupados e curiosos. Nunca mais ouvimos falar dos Kazama. E quanto à Filipo. Esse era o presente que eu havia guardado para quando Light regressasse casa, para mim, uma vez que eu sabia que ele voltaria. Ele disse que voltaria para mim e para nossos filhos. Mariah estava prestes a completar 1 ano e já começava a dar seus primeiros passinhos, estávamos todos encatados e com vontade e mordê-la de tão fofa que se tornara. Quando ela chamou-me de mamma pela primeira vez, desmanchei-me em lágrimas e claro que coloquei a culpa nos malditos hormônios.

Estavamos a gozar da famosa calmaria antes da tempestade ou talvez depois dela.

Fazia uma hora que eu assitia meus cunhados,  Zander e Kammily discuntindo uns com os outros, sobre quais eram as melhores vias para entrada dos armamentos que meu sogro havia comprado. Eles chegariam da Bolívia e entrariam por via aérea dessa vez. Se Light soubesse, seria mais alguns milhões afundando por água abaixo, literalmente.

Eu só queria que eles calassem suas bendidas bocas.

—Eles estão fortes demais. —ressaltou Kammily. Suas vestes pretas combinavam perfeitamente com a cor dos seus olhos, que transbordavam fúria. —Ele só pode estar fazendo isso para testar a nossa paciência.

Não. Light não faria joguinhos. Não era algo dele brincar antes de dar o bote final —não haveria bote final.

—Nós  também somos. —retrucou Zander.

—Não... Sem ele não somos...

Por alguma razão Kammily estava ardentemente frustrada.

—Eles interceptaram todas ás nossas últimas cargas, a maioria delas está no fundo do mar agora. Light está acabando com a Cosa Nera, atingido aquele que é o nosso ponto fraco. Não tem como lutarmos contra isso. Lutarmos sem armas é o mesmo que pedir para morrer num golpe só.

O Filho do Barão [COMPLETO]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora