A história começa em 1871 onde os abolicionistas comemoram uma grande conquista na luta contra a escravidão: a lei do ventre livre, onde crianças nascidas a partir de 28 de setembro do mesmo ano nascem livres.
Mas a escravidão ainda é vigente no Br...
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- Tu serás o melhor médico que o Rio de Janeiro verá, tenho certeza. - Clarissa Falou sorrindo e o menino ampliou o seu sorriso. - Tu terás um futuro brilhante.
Jamal era inteligente, pespicaz e muito esperto. Um menino lindo. Pele negra. Olhos escuros. Um sorriso com dentes brancos e perfeitos que iluminavam qualquer dia triste. Ele havia sido o suporte de Clarissa em dias sombrios. E agora eram amigos. Os melhores amigos. Clarissa estava decidida a proporcionar a ele o melhor futuro.
De repente o menino ficou sério.
- Eu queria que todos os meninos negros como eu tivessem um futuro bom.
- Eu também, Jamal.
- Ser negro é tão injusto.
- Não, meu querido. Injusto é o branco que se acha melhor que o negro. Mas acredite, Jamal, tu és de valor inestimável para mim. Tu estás bem aqui. - tocou em seu coração.
Sem que ela esperasse, Jamal abraçou-a.
- Eu a amo muito, sinhá. - ela sorriu e retribuiu àquele abraço.
- Eu também o amo muito, Jamal.
Eles se olharam e os olhos de ambos estavam marejados.
- O que achas de termos aqui na fazenda uma escola para os filhos dos trabalhadores? - ele sorriu mais amplamente.
- Os meus irmãos de cor poderão estudar também?
- Sim. Todos terão oportunidades. O senhor Alencar já concordou. Que nome achas que devemos colocar em nossa escola?
O menino ficou uns minutos a pensar.
- Que tal Escola Santa Clarissa? - ela fez uma careta e sorriu.
- Não, Jamal. Não sou santa e não combina.
- Então que tal Escola Futuro brilhante?
Clarissa gargalhou.
- Adorei, Jamal. Será Escola Futuro Brilhante. Como tu escolhestes.
De repente a vista de Clarissa escureceu e ela os fechou para o mal estar passar. Jamal se aproximou dela.
