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Rápida e sem fazer nenhum barulho, Mariana voltou até a porta, abriu-a e fechou-a como se estivesse chegando naquele momento

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Rápida e sem fazer nenhum barulho, Mariana voltou até a porta, abriu-a e fechou-a como se estivesse chegando naquele momento. 

- Boa noite, mamãe e Giorgina! - falou, alegremente. - Pensei em dar uma paradinha para ver como estás passando depois do ba­nho de mar desta manhã, irmãzinha!

- Foi bastante cansativo! - afirmou Giorgina, deixando seu humor piorar, como bem o atestava a boca virada para baixo. - Se não fosse pela minha soneca de depois do almoço... Infelizmente foi só de duas horas.  Se não, estaria exaus­ta. Espero que não ache que eu tenha me divertido!

- Reconheço que estou surpresa. - respondeu Mariana, levantando as sobrancelhas. - Pensei que tivesse se divertido muito, afinal,  a ouvi dizer ao Sr. Fernando que gostara do banho de mar.

- Como já lhe disse em inúmeras ocasiões, Mariana, tu não entendes nada de cavalheiros nem da arte de atraí-los. Portanto, dispenso seus comentários! - retrucou Giorgina, com seu ar de superioridade.

- Isso mesmo! - apressou-se a concordar a mãe, passando pela frente da filha mais jovem, ao caminhar em direção à porta. - Agora, meninas, por favor, comportem-se esta noite.

Mariana seguiu-as silenciosa, tentando resolver como poderia sal­var  Nando dos planos maquiavélicos da mãe, que via só sua fortuna. Afinal, como amiga, era seu dever salvá-lo. Ou pelo menos deixá-lo escolher se ele queria, de fato, Giorgina.

Tinha começado a chover logo depois do almoço, mas, como era apenas uma garoa, Mariana esperava que já tivesse parado. Entre­tanto, a chuva caía mais pesadamente, batendo contra as janelas e fazendo com que os arbustos e pequenas árvores ao redor da casa vergassem com a fúria do vento que soprava do mar turbulento.

    Quando George entrou na sala de estar,acompanhando a mãe e Giorgina, o Sr. Medeiros levantou-se para cumprimentá-las.

- Oh, por favor, fique sentado, tio Joaquim! - exclamou Mariana. - O senhor não precisa ser tão formal conosco! Sabemos que a articulação do seu joelho está doendo devido ao tempo.

Mesmo assim o cavalheiro inclinou-se para cada uma das senhoras para cumprimentá-las, depois se virou exclusivaente para Mariana.

- Ah,  srta. Mariana. - sorriu ele. - És tão meiga quanto bonita, mas  preciso discordar de ti. Um cavalheiro deve sempre se levantar quando uma senhora entra na sala. Um pouco de dor enrijece o caráter!

Era uma vez... Os Alencar (FINALIZADO)Waar verhalen tot leven komen. Ontdek het nu