A história começa em 1871 onde os abolicionistas comemoram uma grande conquista na luta contra a escravidão: a lei do ventre livre, onde crianças nascidas a partir de 28 de setembro do mesmo ano nascem livres.
Mas a escravidão ainda é vigente no Br...
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- Tens razão, sr. Fernando. Não sou nada parecida com as demais mulheres.
O olhar magoado de Mariana o fez perceber que ela não tinha compreendido bem suas palavras.
- Mariana...
Ele a chamou, mas ela já havia se distanciado. Os olhos de Mariana ficaram marejados e quando Fenrnado viu Paulo indo em sua direção, estancou no lugar.
Paulo chegou perto de Mariana que olhava o mar.
- É muito bonito aqui, não é mesmo? - disse ele.
Mariana assentiu, mas nada falou.
- Mariana? - ele a chamou e esperou que ela o olhasse. Quando Mariana virou a face para ele, ele prosseguiu: - Tu sabes que gosto muito de ti. - ela abriu a boca, mas ele a conteve com um gesto de mão. - Por favor, deixe-me terminar, sim? - ela assentiu. - Eu gosto de ti há muito tempo e gostaria muito de fazer-te a corte. - Mariana respirava com certa dificuldade. - Mas eu sei bem que não gostas de mim como gosto de ti. Mas eu queria pedir-te uma chance. Apenas me deixe mostrar a ti que não sou quem tu pensas. Que posso ser melhor e quem sabe, tu venhas a gostar um pouquinho de mim também.
- Paulo... - ela não queria magoá-lo, mas também não queria dar falsas esperanças.
- Façamos o seguinte: até o fim desse passeio, se não se apaixonares por mim, deixo-te em paz. - ele sorriu, foi o primeiro sorriso franco que Mariana observou nela e ela se viu sorrindo de volta. - Temos um acordo, srta. Mariana?
- Temos, sr. Paulo.
Ele pegou a mão dela e beijou como selando o acordo. Fernando observou a cena e incomodou-se deveras.
- Sr.Fernando? - uma voz nervosa o chamou. Era dona Amélia. - Já chegamos?
- Sim, sra. dona Amélia. - disse ele, educado.
- Oh, olhe que lindo, minha menina mais nova sendo cortejada. - disse olhando Paulo e a filha.
- Vamos cotinuar nosso caminho, dona Amélia.
- Sim, sim. - disse ela aressa voltando para a carruagem.
- Srta. Mariana? - chamou com uma voz grave. Ela o olhou. - Já estamos de partida. - ela assentiu, olhou para Paulo, disse algo que ele não ouviu, mas que fez Paulo sorrir e voltou para a carruagem.
Ao chegarem a casa do tio de Fernando, sr. Medeiros, foram recepcionados com muita alegria.
