- 1881 -
Fernando e Mariana estavam deitados encostados na cabeceira da cama, quase sentados. Mariana estava com o ventre bem protuberante, maior que seu corpo miúdo poderia suportar e só conseguia dormir assim nos últimos meses. E àquela noite não tinha sido diferente. Ficava impaciente. Por vezes suas costas doíam e ela tinha vontade de chorar. Fernando a toda hora estava com ela, consolando-a e sempre tentando amenizar o seu desconforto.
Enquanto estavam deitados, Mariana conseguira, por fim, adormecer. Mas ele continuava acariciando seu ventre. E naquele momento, Fernando começou a divagar pelo passado.
O dia do casamento deles fora um dos mais felizes de sua vida. Possivelmente fora o casamento mais rápido de todo Rio de Janeiro. Em quinze dias depois de pedir a mão de Mariana ao pai, eles subiram al altar. Ter Mariana para sempre em sua vida era como um sonho que ele jamais acordaria. E a noite de núpcias fora o próprio êxtase. Ele sorriu ao ver Mariana parada em frente ao espelho. Ela não parecia nervosa. Seu semblante era de calma e felicidade.
- Sua camisola é linda, minha ninfa. - disse ele depois de enlaçá-la pela cintura.
Os dois se olhavam através do espelho e um lindo sorriso adornava o belo rosto de sua amada.
- Minha mãe providenciou um rico enxoval. Apesar de sua filha preferida não ter conquistado o último irmão Alencar, mamãe está feliz por fazer parte de uma família tão importante.
Fernando sorriu e inalou o perfume no pescoço da esposa.
- E esse perfume é para me enlouquecer? - sorriu no pescoço dela causando-lhe um gostoso arrepio.
- Presente de Emília. Gostou?
- Tudo que vem de ti eu gosto, minha adorável ninfa. Não, na verdade eu amo.
Fernando a virou para ele e tocou delicadamente seu rosto.
- Eu a amo, esposa. - ele disse aquela palavra com um orgulho evidente.
Mariana sorriu. Estava feliz também e o amava mais que tudo na vida.
- Eu também o amo, marido.
Fernando continuou acariciando lentamente o rosto da esposa mandando deliciosas sensações por todo o corpo dela. Mariana fechou os olhos, apreciando aquele contato. A jovem esposa só conseguia pensar no quanto o toque dele era bom. Maravilhoso para ser exata. E os beijos transcediam o limite da perfeição.
- Beije-me, Nando.
Ela não precisou falar uma segunda vez. A boca dele encontrou a dela. Àvida. Sedenta. Sentia a língua dele procurando a dela. E parecia fome o que os dois sentiam naquele momento, onde somento os dois podiam saciar um ao outro.
Mariana ia protestar quando a boca do marido abandonou a sua, mas calou-se quando ele dedicou-se ao pescoço. O calor das mãos dele sobre o tecido da camisola em seus seios começava a formar um calor mais embaixo, na sua intimidade fazendo-a gemer. Ah, como ele adorava aquele gemido.
Então Fernando puou a camisola e ela estava ali diante dele. Nua. Como viera ao mundo. Devia estar com vergonha, mas não. Mariana só conseguia pensar nas sensações que ele a estava proporcionando. Ou não pensar, apenas sentir.
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Era uma vez... Os Alencar (FINALIZADO)
ChickLitA história começa em 1871 onde os abolicionistas comemoram uma grande conquista na luta contra a escravidão: a lei do ventre livre, onde crianças nascidas a partir de 28 de setembro do mesmo ano nascem livres. Mas a escravidão ainda é vigente no Br...