A história começa em 1871 onde os abolicionistas comemoram uma grande conquista na luta contra a escravidão: a lei do ventre livre, onde crianças nascidas a partir de 28 de setembro do mesmo ano nascem livres.
Mas a escravidão ainda é vigente no Br...
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Mariana não tinha criada de quarto. Sua mãe nunca havia achado necessário. A tardinha, entretanto, fora abordada pela camareira de Giorgina que deveria torná-la apresentável, segundo ordens da sra. dona Amélia. A jovem sabia que essa não era uma tarefa agradável para a camareira e sentiu-se, de certa forma, vingada por tudo que teria de aguentar. Sabia, também, que de nada adiantaria se opor aos desejos da mãe.
Segundo dona Amélia, Paulo Lima e Silva era um execelente pretendente para sua segunda filha, jamais para sua adorada Giorgina. Mas para Mariana sim.
Mariana sentou-se, desanimada, enquanto a criada, depois de muito puxar e enrolar, conseguiu ajeitar os caracóis no alto da cabeça, deixando a parte de trás solta. Em seguida, Francisca, a criada, escolheu um vestido amarelo para que vestisse. Quando se viu pronta no espelho, surpreendeu-se ao perceber que estava verdadeiramente bonita.
- Oh, meu Deus, que horror! - exclamou, aflita.
- Senhorita! Estou acostumada a vestir uma das jovens mais bonitas do reino e a deixá-la satisfeita! Não gostou do meu trabalho?
- Não! Estou surpresa, deprimida e horrorizada!
Esse história de sua mãe qeurer a todo custo que ela fosse cortejada por Paulo a estava enlouquecendo! Não conseguia entender. Não tinha nenhuma experiência com homens, mas o súbito interesse dele depois de Mariana afirmar que não queria nada com ele não lhe parecia sensato. Talvez pudesse convencê-lo de que não seria feliz com ela, antes que sua mãe conseguisse fazê-los se casar.
Era hora de ir e Mariana já ouvia os gritos da mãe chamando por ela. Mas Mariana não estava muito disposta a sair do quarto. Após algumas batidas leves na porta de seu quarto, ela é aberta e Mariana esperando ver aa mãe com um enorme sermão, deparou-se com o doce soriso de seu pai.
Olhos amorosos pousaram sobre Mariana.
- Filha, estás tão linda. - Mariana sorriu. Amava muito o pai. Talvez fosse a única pessoa no mundo que a compreendia.
- Eu não quero ir a esse sarau, papai. - falou chorosa.
- E por que não se estás tão bela?
Mariana suspirou.
- Ah, papai, a mamãe claramente quer me empurrar para Paulo Lima e Silva e eu não quero me casar com ele. O senhor sabe que eu não gosto nem dele nem da famílai dele.
O sr.Almeida Prado sorriu.
- Eu também não gosto muito daquela família. E o Paulo, bem... O Paulo é um rapaz que sempre foi influenciado pela família. Se um dia ele se casar com uma boa moça, ela também pode influenciá-lo, só que positivamente.
