XLVII

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Mariana saiu logo cedo na manhã seguinte. Colocou u vestido lilás e pegou u chale para lhe protejar do frio matinal. Já estava próxima ao penhasco para descer até a praia quando ouviu, então, a voz de Emília atrás de si.


   -  Espere um momento!

Virou-se e esperou obedientemente, embora não estivesse segura de desejar companhia naquele momento. Quando Emília a alcançou, depois de atravessar correndo o gramado, com o chapéu entre as mãos, parecia tão feliz que sentiu-se um pouco culpada por não de­sejar sua companhia. Sorrindo, disse:

- Não pensei que alguém já estivesse de pé. Queria dar um pas­seio antes do café da manhã.

- Tio Joaquim se levanta assim que o galo canta.  - respondeu Emília, com a respiração entrecortada.


Parou um instante para dar o laço que segurava o chapéu no lu­gar. Emília era linda. Mariana admirrava-a. Não pela beleza física, mas a que continha em seu interior.

- Estouacostumada a levantar cedo para tomar café com ele quando estou aqui. - continuou Emília. - Tive um pressentimento de que gostaria de ficar sozinha... Mas estou preocupada desde ontem à noi­te. Tu estavas tão quieta e distante, durante o jantar! Acabei achan­do que, em vez de ficar sozinha, seria melhor se pudesses falar com alguém. - Tomou o braço de Mariana, passou-o pelo seu, e conduziu-a para o caminho que levava ao topo do morro. 

- Vamos por aqui. Vou mostrar-lhe o lugar. Tem uma vista belíssima.

Mariana sentiu-se enrubescer ante a perspicácia dos comentários de Emília e aceitou a simpatia oferecida. Sentia-se tão tola! É claro que estava embaraçada por causa do acidente da véspera, mas não era isso que a perturbava. Não tinha ainda conseguido resolver o quebra-cabeça, mas achava que sentia ciúme de Emília. Não o mesmo tipo de ciúme que movia Giorgina, uma vez que não tinha nenhuma in­tenção de fazer Fernando pedi-la em casamento. Sentia ciúme, no entan­to, da intimidade que existia entre os primos. Era razoável que Fernnado fosse mais próximo de Emília do que dela  que o conhecia há apenas alguns dias. Mas os seus sentimentos não tinham muito a ver com razão.

- Sabe, Mariana, se me fosse dada a escolha de passar um vexa­me na frente de alguém, esse alguém seria Nando.

- Mas ele é seu primo, Emília. Lógico que se sentiria menos em­baraçada na frente dele do que na de um estranho.

- Mesmo que não fosse meu primo!

- Por que acha isso?

Era uma vez... Os Alencar (FINALIZADO)Dove le storie prendono vita. Scoprilo ora