XLIX

432 65 6
                                    


- Então, querido sobrinho, é melhor começar a pensar na melhor maneira de fazer as pazes com a Srta

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

- Então, querido sobrinho, é melhor começar a pensar na melhor maneira de fazer as pazes com a Srta. Giorgina. - aconselhou, sabiamente, o tio.  - Não precisa rastejar. Diga só o necessário para manter mãe e filhas em Paraty, enquanto convence Mariana a se casar contigo. Mas tenha cuidado com dona Amélia. - Fernando franziu o cenho. - Acho que ela é capaz de preparar uma armadilha para ti e a Srta. Giorgina.

- Não creio que ela seria capaz de ir tão longe.

O tio calou-se. Era vivido e sabia das artimanhas que uma mulher sem caráter era capaz quando queria algo.

- Quando achas que devo tentar consertar as coisas? - perguntou Fernando, trazendo a conversa para o seu curso original. - Penso que esta noite, antes do jantar, é o melhor momento. Não posso deixar que Mariana se vá.

Fernando voltou a contemplar o mar. O sorriso voltou ao seu rosto, compondo uma expressão terna. Sonhava acordado e o tio podia bem adivinhar com quem. O tio sorriu também, regozijado com a felicidade do apreciado sobrinho.

Foi um dia muito estranho para Mariana. A mãe e a irmã não saíram do quarto. Emília também não. Fernando não se encontrava na casa. Tio Joaquim resolvia alguns negócios trancado com o advogado em seu escritório. Paulo era o único com quem podia conversar, mas o único com quem ela não desejava.

Apesar da mãe tê-la proibido terminantemente de sair do quarto, pois temia que a moça pudesse dizer alguma coisa com a qual não con­cordasse, Mariana saiu escondida e foi até a cozinha no final da tarde. Logo iniciou uma conversa prazerosa com as criadas, em particular dona Francisca que estava com a família desde que era uma mocinha.

- Está delicioso, dona Francisca. - disse Mariana após ter se lambuzado com o doce de abóbora da cozinheira.

- Ora quem eu encontro aqui. - disse tio Joaquim entrando na cozinha.

Mariana olhou para trás e deu com a expressão risonha do Sr. Medeiros.

- Espero que não se incomode, tio Joaquim. - disse ela, incerta. - Não tive a intenção de invadir a cozinha ou atrapalhar ...

- De certo que não, Mariana. - disse ainda sorrindo. - Tu darias a honra de um passeio com esse velho?

Mariana sorriu amplamente.

- A honrada serei eu em ter o senhor como comanhia.

- Então vamos, querida. 

Tio Joaquim deu o braço e eles foram em direção ao amplo jardim. Conversavam amenidades até chegar a uma certa distância. 

Era uma vez... Os Alencar (FINALIZADO)Onde histórias criam vida. Descubra agora