Lua de Cristal - Ela é do Príncipe - Vol.3 - CONCUÍDO

Capítulo 7 🌙 Chegada no castelo

Nota inicial: Elfa do multimídia: Princesa Eáránë Tinúviel ❤ minha filha gente kkkkk

Boa leitura ♥

🌙

Aranel acordou.

A primeira coisa que ela viu foi um teto suntuoso. Ele era dourado, enfeitado com ramos de carvalho folhados a ouro, havia flores silvestres salpicando aqui e ali, feitas de pedras preciosas. Tudo formava o desenho de uma espiral dourada, e, pendendo, de seu centro, havia um lustre de cristal cintilante; brilhando em luz prata. Era bonito, trabalhado por mãos habilidosas e cheias de paixão.

Os olhos dela doeram, e Nel observou em volta. O quarto era claro, cor creme, e o rodapé era escuro e lustroso. Havia três grandiosas janelas, das quais o vento de verão e o sol quente, adentravam. Ela viu, ao longe, através das árvores, a Montanha Solitária, erguendo-se como um arranha-céu gigantesco acima das nuvens brancas, como os algodões dos vales. O vento trouxe consigo um aroma agradável de orvalho e terra molhada, e Nel conseguiu sorrir com aquilo. Então, ela fechou os olhos com força e gemeu de dor, baixinho. Seu corpo estava mole, estirado sobre uma grandiosa cama de carvalho, branca, e encoberto por lençóis de seda e algodão. Nel tentou se levantar, mas foi impedida por uma dor no braço, e resmungou.

Foi quando a porta se abriu, e por ela passaram duas elfas. E ela as conhecia. Era a princesa de Mirkwood e a elfa que a encontrou na floresta. A princesa usava roupa de caça, verde, arco e aljava, uma faca na cintura e uma adaga presa à coxa. A outra elfa usava roupas escuras, vermelho e roxo, e seus cabelos estavam presos em um rabo-de-cavalo. Estava armada com uma espada, arco e aljava.

— Acordou — disse a princesa, sorrindo — Bela Adormecida.

Aranel não falou nada. Estava assustada. Queria chegar ali, mas nunca achou que fosse conseguir.
As duas se aproximaram e a reverenciaram.

— Bom dia.  — cumprimentou a princesa — Sou Eáránë Tinúviel. Princesa da Floresta das Trevas. Filha do rei Thranduil. — ela sorriu, lindamente, transmitindo paz, alegria, sinceridade e bondade. Seus olhos azuis escuros brilharam.

— Bom dia. — disse a outra — Sou Nëssa Adriën. Princesa dos Elfos do Reino da Montanha. Filha do rei Caos Fingolfin. — seu olhar era calmo, suave, assim como sua voz e seu semblante. Era séria e de olhar profundo, porém, havia um brilho incomum no fundo de seus olhos azuis.

Aranel engoliu em seco e se lembrou de Ruby, ensinando-lhe boas-maneiras. Então, deu seu melhor sorriso, respirou fundo e disse:

— Bom, eu sou...

— Aranel. — interrompeu a princesa, com um sorriso simplório. — Nós já sabemos.

Aquelas palavras fizeram seu coração dar um salto. Sua mente disparou informações, rapidamente, e milhares de perguntas se formaram; seus dedos enrijeceram, e seu corpo se arrepiou, recluso e preocupado, assustado e tenro. Ela sentiu a boca secar e engoliu a saliva com dificuldades, e as palavras sumiram de sua boca.

— Eu não... — ela gaguejava, nervosa. —, vocês.... Eles... — Nel balançou a cabeça e respirou fundo. — Vocês me conhecem?

Eáránë abriu um largo, doce e estonteante, sorriso. Seus olhos brilharam, como se estivessem fascinados em Aranel. Havia uma admiração muda e fugaz, como se ela tivesse sido uma grande mulher no passado – nas lembranças que Nel não possuía –, e tudo aquilo a deixava ainda mais transtornada.