Capítulo 37🌙Ultimato e o fim do inimigo/Parte 3

231 22 38
                                    

Nota inicial: Vamos continuar pq falta poucos capítulos para o final....

Boa leitura ♥

🌙

“Aqueles deuses covardes que se afastam deste mundo em que homens podem matar em seu nome? Eles já vivem no meio de uma ilusão. Estou apenas fornecendo outra a eles. Uma ilusão que exige menos sangue.”
Assassin's creed (A cruzada secreta)
– de Oliver Bowden

🌙

PARTE III – A maldição

Rubel foi colocado em uma cela nas profundas prisões escurecidas e úmidas da Floresta das Trevas. Tão profundo na terra – sepultado vivo e doente –, o córrego limpo e cristalino, mas gelado, corria atrás das grades de aço que lhe impediam de sair, e umideciam ainda mais aquele lugar escuro e profundo dentro da montanha. Ali ele não faria mal a ninguém, não mais. Porém, Aranel queria ver aquilo com seus próprios olhos.

Eáránë e Thranduil a guiaram pelos túneis mais escuros, onde as luzes trêmulas das tochas quase não ilumimavam os degraus e rampas em sua frente. Fundindo a tênue iluminação das chamas na escuridão, Aranel só conseguia ouvir o som incessar de uma cascata em algum lugar dentro daquelas paredes de pedras frias e úmidas, cobertas de xisto e musgo escorregadio. Mas as escadas pouco risco ofereciam, e ela se sentiu grata por andar em um piso de pedras áspero. Degraus subiam e desciam, havia curvas e mais curvas, e as escadas e túneis seguiam o limiar interno da montanha e dos Salões do Rei – muito acima deles. Um guarda bem armado seguia na frente, enquanto segurava uma tocha que balançava ocasionalmente. Aranel podia sentir o ar gelado em sua volta e se perguntou o quão abaixo estaria na terra? Porém, não quis saber a resposta. Deixar Rubel tão dentro das sombras poderia não ter sido a melhor estratégia...

Mas ela devia confimar.

Depois do que pareceu horas, Aranel vislumbrou um portão adornado de ouro e prata, e o aço que fortificava a estrutura cuidadosamente forjada e desenhada, brilhava na luz fria de várias tochas – uma de cada lado do portão. E atrás dele havia uma câmara de cúpula branca que cintilava como mil estrelas. Aranel parou no meio do caminho e observou a câmara ampla e ornamentada com ouro, prata e estruturas de mármore que se erguiam até muito acima do solo. No chão liso de pedra polida, repousava o que parecia ser dúzias de sarcófagos de mármore. Na base de cada caixão, encrustado na pedra ornamentada de veios azuis, lia-se nomes – conhecidos e desconhecidos para Aranel. Ela se aproximou lentamente, as chamas tremulando em sua volta e dando um pouco de calor aquele lugar tão bem guardado, e leu alguns dos nomes que haviam nos caixões.

   – Rei Oropher. Rainha Ellora. Príncipe Orëss. Princesa Aëlren. General Címon. Senhora Eudora. Rainha Anelossë. Rainha Wilwarin. E mais alguns nomes que Aranel desconhecia.

Porém, acima de uma plataforma de mármore, acima dos caixões abaixo, havia um sarcófago. Diferentemente dos outros, este era azul-petróleo, e havia duas alarbadas ao lado dele. Ao fundo, presa a parede de mármore, pendia uma bandeira gasta, verde-folha, com um símbolo em dourado de duas espadas cruzadas e um elmo, sobre um arranjo de folhas entrelaçadas. A placa de porcelana na extremidade oposta da bandeira, identificava quem estava ali – Ëworen Greenleaf de Cuiviénen, Senhor das Relvas Verdes.

Aranel franziu o cenho, pois nunca ouvira falar dele. Ela não sabia quem ele era, e nem quem estavam dentro de todos aqueles caixões de mármore branco.

Lua de Cristal - Ela é do Príncipe - Vol.3 - CONCUÍDOWhere stories live. Discover now