Capítulo 13🌙 Lâmina contra lâmina

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Nota inicial: Eu saí por isso o cap demorou... Mas aqui estamos nós kkkkk

Boa leitura ♥

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Eles não estão sujeitos a sofrer por Doença, mas se enfraquecem e entram em decadência por um determinado Período... Alguns dizem que a constante tristeza deles se deve a seu estado instável.
A comunidade secreta,
de Robert Kink e Andrew Lang (1893)

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Quando o rei avançou, Nel percebeu que ele sorrira. Por um momento, um sopro no tempo, então ele voltou a ficar sério. Thranduil rodou a espada, duas vezes, e ela uivou no vento como se gritasse. Era uma melodia fantasmagórica, sombria e indecente. Ele deu um passo para frente e atacou. Nel bloqueou o golpe e o afastou dela, dando alguns passos para trás. Algo em seu interior desejava por demasiada aquela luta, era como se a muito tempo esperasse por algo parecido. Um ódio, a muito, adormecido e voraz, e sedento de um conflito de espadas. Porém, seu bom-senso e sua educação faziam seu corpo estremecer. Ela estava perante a um rei – o maior de todos os elfos silvestres. E aquilo a inquietava. Mas olhou para as orbes dos elfos em volta, e as viu brilhando. Eles sempre gostaram de uma boa briga.

O rei andou alguns passos e se preparou mais uma vez. Como ela poderia vencê-lo? Não tem como! Ele é um elfo, provavelmente, bem mais velho que eu e, por consequinte, mais forte. Não posso derrotá-lo. Não é como se eu fosse descendente dos noldor. Ela estremeceu com seus pensamentos e tentou respirar. Pensar. Em vão. Vê-lo ali, parado sua frente, tão altivo e majestoso, a deixou em pânico. Ela olhou em volta, confusa, e engoliu a saliva.

O rei rodou a espada mais uma vez. — Vellenmar! — chamou ele. Aranel o olhou de imediato, como se sempre respondesse aquele comando. — Não vai recuar agora, vai? — incitou ele, dando um sorriso torto.

Uma chama nasceu dentro dela naquele momento, quando ele disse aquelas palavras. Então, sorriu.

— Eu não sou de recuar. — respondeu ela, apertando o punho da espada.

A Silmagrûn cortou o ar em direção ao rei, mas ele bloqueou e cortou o golpe. Atacou e avançou. Aranel recuou, evitando a lâmina mortal cruzar seu ar, e travou o ataque dele. Ela abaixou quando ele passou com a lâmina uivante perto de seu rosto.

Aranel se afastou e ele a seguiu.

Thranduil atacou e ela bloqueou, prendendo a lâmina na dele. O rei rodou a espada e fez a espada dela cair. O elfo apontou a lâmina para ela, e Nel apenas ergueu as mãos em rendição. Ofegante.

— Eu venci. — disse ele.

Porém, a elfa deu uma cambalhota para trás, passando o pé pelas mãos do rei. A espada voou para cima, e ela rodou o pé, fazendo Thranduil cair. Rapidamente, ela pegou a Silmagrûn e a espada do rei, que caiu inocentemente na sua mão. Ela rodou e aprontou as duas espadas. Sorrindo, ela o chamou.

Thranduil se ergueu e pegou uma lança. Ele atacou e Nel desviou. Ela avançou com as duas espadas e cortou os golpes do rei, até que as lâminas afiadas destruíssem a lança, a cortando em vários pedaços. Aranel avançou e o rei tentou uma última, e desesperada, tentativa de vitória. Porém, ela bateu em seu braço e forçou a lâmina da Silmagrûn contra o pescoço dele.

Ofegante, o rei a encarou irritado mas logo seu semblante sereno estava lá, novamente.

Ela sorriu. — Eu venci. — disse, puxando o ar para dentro dos pulmões.

Lua de Cristal - Ela é do Príncipe - Vol.3 - CONCUÍDOOnde histórias criam vida. Descubra agora