Capítulo 15🌙O belo príncipe

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Nota inicial: Eu sei! Vocês estão ansiosas... Vamos lá

Pegue a pipoca e o refrigerante

Acalme-se

Respire fundo

Leia sentada/deitada (cuidado com o telefone)

Lenços para secar as possíveis lágrimas

Estão, prontas? Então, vamos...

Boa leitura ♥

🌙

Nunca houve ninguém tão bonito quanto [ele].... Os lobos não atacavam, os ventos congelantes não feriam e a Melodia Secreta veio das Colinas Encantadas e trouxe música e contentamento em todo lugar.
– Histórias fantásticas celtas,
de Ella Young (1910)

🌙

Aranel manteve-se calada, debilmente afastada do perfume luxuriante do príncipe. Imóvel no mesmo lugar – perto da porta, perto dele, longe do restante do mundo. Ele era encantador e atraente, a puxava como um imã e aquilo fazia seu corpo ter choques por todo o perímetro. Legolas sorriu, não distante, não de modo vago e com certeza, não de jeito forçado. Apenas sorriu e seu rosto ficou ainda mais belo. Ele era irresistível. E ela ali, parada em sua frente, sentindo o rosto quente – provavelmente estava mais vermelha que um tomate. Não se moveu pois não queria correr o risco de sair dali correndo, e não temia o Rei, sentia-se segura com o Príncipe.

Legolas deu mais um passo em sua direção, e tremia. Por que ele estaria tremendo? Seu perfume silvestre consumiu mais uma vez seu olfato e ela lutou para se manter de pé, a salva de qualquer desmaio. Queria observar cada parte do rosto dele, ter certeza de que ele era o elfo com quem sonhara todas as noites, e todas as vezes que queria se sentir viva. Ele ficou sério naquele momento, inclinou a cabeça e quase encostou a ponta de seu nariz no dela. Seus olhos eram de um azul celeste, quase tão vivo quanto a cor do céu em dias quentes de verão. E eram doces e gentis, afagados de uma paz infindável e intrigante. Ele era o oposto do pai – devia ser parecido com a mãe.

— Não vai falar nada? — Seus lábios avermelhados se moveram, formando as palavras que a questionaram. Seu hálito quente tocou a pele dela e estava adocicado.

Nel limpou a garganta e piscou uma, duas, três vezes. Ele sorriu mais uma vez, e parecia fazer aquilo com tanta facilidade que a deixou menos nervosa.

— Não precisa ficar com medo de mim. — Ele tirou as mãos das costas e inclinou a cabeça para o lado. Ela continuou calada. O príncipe soltou uma risada calma e acolhedora, quente e gentil, e Aranel conseguiu sorrir. — Você consegue, ao menos, dizer seu nome? Estou ficando preocupado.

Ela respirou fundo. Vamos! Diga algo! Deixe de ser hipnotizada pela beleza dele!

Nel limpou a garganta mais uma vez, e conseguiu mover os lábios. — É Aranel. — disse, porém, sua voz saiu mais baixa do que gostaria.

Legolas inclinou o corpo e ficou ereto. Obviamente, ele não era tão alto quanto o pai, mas ainda sim, Nel se sentia pequena diante de sua forma e nobreza. O cheiro dele inundava a Sala e seus cabelos balançaram um pouco. Eram louros, como os raios de sol da primavera, lisos e longos, caindo pelos ombros e presos em tranças na lateral da cabeça. Tudo nele era belo demais. Perfeito demais. Era mais encantador do que em suas fantasias. Era mais real.

Lua de Cristal - Ela é do Príncipe - Vol.3 - CONCUÍDOOnde histórias criam vida. Descubra agora