Capítulo 17🌙 Um convite

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Nota inicial:

Boa leitura ♥

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E ele era devastador quando sorria.... [...] e bonito que dava medo de tocar, uma arrogância ao andar mostrava que ele sabia exatamente o quanto era atraente.
Terrível Encanto
de Melissa Marr

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A luz do sol entrava pelas janelas quando Aranel acordou. Abrindo os olhos lentamente, ela sentiu os raios quentes de verão tocarem sua pele e bocejou, sonolenta. Forçou os olhos fechados e depois voltou a abri-los. Então, olhou em volta. Parte de seu interior procurava por ele, e fitou o outro lado da grande cama vazio. Ela o desejava ali, dormindo ao seu lado. Sem roupas, de preferência. Sorriu com aquele pensamento e coçou o rosto, depois o escondeu entre os cobertores, e fechou os olhos. O queria ali, sob aquele conjunto de linho e seda, estremecendo e delirando a cada toque dela. A cada investida contra seu prazer, ele devia suar e morder os lábios. Ele devia ser dela. Pertencer a ela, nem que fosse durante uma única noite. Ele devia clamar seu nome, arfar com seus beijos e agarrá-la, bem perto. Ele devia...

Nel puxou a coberta para baixo e suspirou. Não podia desejar aquilo, mesmo sendo uma elfa que todos conheciam e admiravam. Mas, ela não se conhecia, e temia que seus desejos mais insanos a traíssem. Temia que o rei descobrisse seus sonhos e a colocasse para fora dali antes de ela, sequer, conhecer ainda mais aquela criatura adorável – chamada Legolas. Contudo, não conseguia viver sem imaginar os dois em béu prazer, desfrutando de uma relação amorosa intensa e verdadeira. Não conseguia ver o príncipe sem seu corpo reagir a insanidade de tê-lo. Não controlava as batidas insandecidas do coração, e nem o suor frio, e nem as mãos trêmulas. Ela o amava... E isso é errado!

Nel se sentou, suspirando e passando as mãos no rosto. Controle-se! Você precisa se controlar! Ela apertou os lábios e respirou profundamente. Por um longo tempo, ficou ali sentada, até que virou o rosto e viu a Silmagrûn apoiada no chão, encostada na parede. O príncipe cumprira sua promessa de levá-la para o seu quarto assim que ela adormecesse, e ela estava intacta. Que pena! Ela abaixou os ombros e olhou para o vestido, para a espada e novamente, para o vestido. Então, se levantou e começou a procurar uma roupa mais confortável.

Não demorou muito para ela estar usando um vestido preto com mangas longas, trançado na frente e bordado – dourado, marrom e vinho. Ela prendeu a espada na cintura, colocando-a na bainha, e se olhou no espelho. Seus cabelos estavam presos em uma trança lateral e seus olhos estavam de um azul-cinza naquela manhã. Ela estava deslumbrante. Os alimentos élficos, os banhos preparados e os acessórios realçaram a beleza impressionante, porém, por vezes oculta, que ela possuía. Ela era bela. Carregando a genialidade forte da mãe e os traços silvestres do pai. Era uma elfa que pertencia a dois povos distintos – os noldor e os silvestres.

Ela respirou fundo antes de sair do quarto. Esperava encontrar Legolas no caminho até o Salão de Refeições.

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— Não quero parecer estranho, mas estou faminto! — Legolas disse baixo, perto do seu ouvido, enquanto se sentava ao seu lado.

Aranel sorriu, nervosa. Ele estava mais bonito aquela manhã, mais rústico, e enquanto ela observava a sua roupa de caça, Legolas a olhava, com um sorriso no canto dos lábios. Ela percebeu e engoliu a saliva, envergonhada e sentindo as bochechas quentes. Suas mãos repousaram no colo e ela respirou fundo.

— Vai caçar? — perguntou ela.

O elfo pegou um pedaço de pão e mordeu, sorrindo. — As vezes, essas terras só são silenciadas e pacíficas, comigo aqui. — disse ele, alegremente e repousou o arco ao seu lado. Era magnífico, branco e esculpido, e a fina corda parecia ser feita de prata. Aranel admirou a arma e Legolas percebeu. — Foi um presente — ela o olhou, curiosa. — da Senhora Galadriel.

Lua de Cristal - Ela é do Príncipe - Vol.3 - CONCUÍDOWhere stories live. Discover now