Capítulo 21🌙A chama da paixão/🔞

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Nota inicial: ATENÇÃO: Este capítulo contém cenas inadequadas para menores de 18 anos. Jesus tá vendo, hein. Finalmente nosso tão sonhado momento chegou. Vamos embarcar? Tranquem as portas, fechem as janelas, peguem chocolate e vinho/Coca-Cola/champanhe. Respirem fundo e apreciem (sem moderação) um amor maravilhoso...

Boa leitura ♥

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“Ela o observou – o garoto por quem estivera apaixonada nas últimas semanas. Nunca sequer sonhara que ele fosse algo além de humano, mas agora sua pele brilhava como se houvesse chamas crepitando logo abaixo da superfície, tão estranho e belo que ela não conseguia tirar os olhos”
Terrível Encanto
– de Melissa Marr

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Aranel sentia o vento afagar seus cachos. Ela sorria, gargalhava, enquanto corria entre as árvores. Legolas a perseguia, sorridente e com um fôlego invejável. Ela parou, escondendo-se atrás de uma árvore e se esgueirou para observar o príncipe passar correndo. Nel sorriu, arfando e se virou.

— Não vale! — reclamou ele, levantando as mãos. — Não estava nas regras se esconder. — Legolas olhou em volta, procurando-a.

— Essa é a magia da brincadeira. — disse Nel, se escondendo mais.

— Não quero perder você de novo. — reclamou ele. Sua voz doce se perdeu no ar.

— Não vai me perder, príncipe. — Aranel ergueu a voz antes de sair de trás da árvore. Legolas sorriu. — Mas vai ter que me pegar.

Ele estalou os dedos. — Fácil.

Ela recuou. — Tenta. — e saiu correndo novamente.

Aranel correu, entre as árvores o ar era úmido e através das campinas e costeiras, o vento era gélido. As folhas brancas das árvores estavam do mesmo jeito que ela se lembrava, porém, livres das teias grutentas e oleosas das aranhas que viveram ali desde que o caos se fundiu na terra. Contudo, a paz daquele lugar era quase palpável. A cor branca das folhas, negra dos troncos e verdejante da grama fez Nel soltar um suspiro de felicidade. A clareira se abria para uma ravina, havia pontes de madeira e aço cortando o vale onde um riacho passava, tímido entre as raízes expostas dos carvalhos. Um enorme salgueiro se erguia, no centro do campo, rodeado por flores silvestres, rosas e vermelhas. Eram chamadas pelos elfos de Ninquëwood de “araninëas”, pois haviam sido plantadas pelo rei Aranrossë, em tempos de outrora. No começo da Terceira Era, aquele lugar foi envenenado pelas aranhas. Sua gosma fumegante e tóxica queimou as araninëas, os carvalhos, a grama e o salgueiro. Aranel, carregando seu arco dourado, acompanhada de Mormacil e Merenwen, e vários elfos de seu exército, entraram na ravina e exterminaram as aranhas que viviam ali. Com a ajuda de Curunír, o mago Branco, eles conseguiram recuperar e restaurar tudo que tinha perecido. Agora, olhando as pontes cortando o vale, e as pequenas depressões, Aranel deixou um choramingo ficar preso na garganta.

Trinta anos se passaram. Eu perdi muita coisa?

O nascimento do sobrinho. Laura havia tido um filho depois de, provavelmente, se casar com Mormacil. Ela realmente não ficara surpresa com a ida de Laura para Valfenda, pois aquele vale era onde ela havia vivido toda a vida. Havia lembranças, havia afeto lá. Elrond cuidou dela.

Aranel suspirou, parando em frente ao salgueiro e tocou o tronco, gentilmente. Ela esperava ouvir o som das vozes dos elfos pela floresta, ou até mesmo os guinchos aterrorizantes das aranhas em seu ninho. Mas não ouviu nada. A floresta estava em silêncio. Ela fechou os olhos, respirou fundo e colocou a testa na casca grossa da árvore.

Lua de Cristal - Ela é do Príncipe - Vol.3 - CONCUÍDOOnde histórias criam vida. Descubra agora