Capítulo 9 🌙 Rei Thranduil/Parte 2/ Uma pintura

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Nota inicial: Olá! Como estão? Seguinte: aqui está o capítulo de amanhã. Motivo: terei q fazer uma viagem para resolver uma coisa urgente, e nn estarei disponível o restante da semana. E o capítulo de sexta (q ainda está em curso) ficará para o domingo. Pq será  o dia em que eu terei voltado. Peço desculpas, mas aqui está...

Boa leitura ♥

🌙

Aranel seguiu o rei pelos corredores do castelo. Ficou calada parte de todo o trajeto, pelos extensos corredores e pelas, estreiras e largas, pontes de pedra. Estava ficando mais calma a medida que ficava em sua presença, e se sentiu mais confortável dentro de suas roupas. Ela sorriu algumas vezes para os guardas, e manteve seu andar tranquilo; de suas costas parecia dissolver um peso antigo e cruel. Ela suspirou. Os corredores deram lugar a uma escadaria que descia. A caverna era iluminada pela luz vermelha das tochas, e havia, não muito longe, um som de água corrente e cascatas. As paredes ficavam cada vez mais grossas, e brilhavam como se estivessem molhadas. As chamas vermelhas balançavam, e a sombra das escadarias refletiam lá embaixo, no piso de pedra polida.

— Ficou na floresta por quanto tempo? — perguntou o Rei, quebrando o silêncio. As mãos dele repousavam atrás das costas, unidas.

Aranel engoliu a saliva antes de responder. — Creio que um mês.

— E onde viveu antes disso? — a voz dele não produziu eco, ao contrário da voz dela. O Rei não tirava o olhar dos degraus.

Ela teve que se conter para não chorar. — Quando eu acordei, sem memória alguma, fui acolhida por um casal que vivia em uma ravina, às margens da Nova Esgaroth. Eu trabalhava na Cidade antes da casa deles pegar fogo e eu ficar sem lugar para ir. — explicou. Sua voz arranhava sua garganta.

O rei ficou em silêncio novamente. Por um longo tempo, ele apenas respirou, então, estalou os lábios.

— Você estava em Esgaroth, esse tempo todo? — questionou ele, com o olhar fixo no teto.

Nel parou, ali mesmo, e o observou. Thranduil se virou.

— Estavam me procurando? — interrogou ela. Sua voz ressonou pelas paredes até os salões inferiores.

O rei não respondeu. Somente a olhou com seu semblante calmo e inexpressivo.

— Por que? — questionou ela, mais uma vez, e sua voz ultrapassou os corredores externos. — Eu sou tão importante assim pra você? — seu olhar severo recaiu sobre o rei. Estava cansada das pessoas se esquivarem de lhe dizer a verdade sobre ela. Procurou ajuda porque não conseguia sozinha, mas agora, sua raiva crescia. Antes tivesse ficado na floresta. Eu ganharia mais!

O rei Thranduil suspirou e molhou os lábios. — Você é importante — disse, calmamente —, mas não é só para mim.

Ela ficou atônita. As palavras sumiram de sua boca e sua mente estava muito bagunçada para questionar alguma coisa.

— Escute-me — ele subiu alguns degraus até ela. — Não posso lhe dar todas as respostas que deseja. Não cabe a mim esse direito, mas posso responder algumas das perguntas que eu sei que você tem. — seus olhos azuis a encaravam. — Mas, preciso que mantenha a calma. — ele lhe estendeu a mão.

Aranel estremeceu, nervosa, e hesitou em pegar a mão dele. A mão de um Rei Élfico. Sentia um pânico percorrendo seu corpo, então, fechou a boca com força e bateu o pé. Os olhos do rei a fitavam, e ele respirou fundo, vendo sua reação.

Lua de Cristal - Ela é do Príncipe - Vol.3 - CONCUÍDOOnde histórias criam vida. Descubra agora