A Sereia - Jotakase

✧❦Cap 77❦✧

(N/A: Esse capítulo será narrado)

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(...Dia seguinte...)

Há uma estranha movimentação no castelo dos vampiros.

Outrora, era apenas uma ou duas pessoas entrando e saindo do castelo por hora, tanto vampiros quanto lobisomens. Não havia nada de incomum naquilo, então João não deu muita importância.

Mas desde o aparecimento de alguém que ele nunca havia visto antes por ali, o castelo se tornou uma verdadeira balbúrdia. Pessoas entram e saem o tempo todo, a energia em volta do castelo havia se tornado mais densa, a conversa estava tão alta que até mesmo João - que, como sempre, está escondido na floresta vigiando o castelo - consegue escutar. 

No entanto, João não sabe o motivo daquele alvoroço. Ninguém disse nada realmente relevante, e quando estavam prestes a dizer, eles abaixavam o tom de voz, de uma maneira que João não conseguisse mais escutar. Era como se eles temessem que alguém os escutasse. Era como se eles soubessem que há alguém os vigiando.

A última opção deixa João desconfortável e tenso, porém ele se impede de pensar demais sobre isso. Não há como eles saberem que ele está os vigiando, ele se escondeu bem e utilizou talismãs para esconder a sua presença. Se eles souberem que João está os vigiando, é porque alguém disse a eles ou o viu, porém, como dito anteriormente, ele se escondeu bem.

João realmente gostaria de saber o que está acontecendo dentro do castelo. A balbúrdia começou às 14 horas e se prolongou por mais quatro horas, o que significa que o que está acontecendo é algo realmente importante.

Ou eles poderiam simplesmente estar dando uma festa, porém João não escutou nenhuma música vinda do castelo.

A pessoa que havia entrado no castelo, a pessoa que havia causado toda aquela confusão barulhenta e duradoura, segurava uma caixa de madeira não muito grande, porém também não muito pequena. João supôs que o que estava dentro da caixa é o possível causador daquilo.

A pessoa era um homem. Ele vestia um terno vermelho sangue, acompanhado por um par de sapatos sociais pretos. O seu cabelo era loiro escuro, as suas pupilas eram negras como a noite, ele era alto e a sua pele era clara. Havia uma flauta de coloração preta no bolso traseiro da sua calça, havia uma forte presença de magia inortodoxa vinda diretamente dela, o que significa que aquela flauta é um objeto maligno e bastante poderoso.

A sabedoria dos antigos dizia que a energia inortodoxa destruía tudo o que tocava. Nenhum ser vivo - planta, animal, bruxo - poderia sobreviver onde uma energia inortodoxa havia florescido. Aquele homem desconhecido refutou essa sabedoria, e o castelo logo estava em um enorme alvoroço.

João não sabe o que era aquele homem. Ele não sabe quais feitos aquele homem havia realizado. Entretanto, de uma coisa ele tem certeza: Aquele homem é perigoso e, muito provavelmente, um bruxo praticante de magia maligna e inortodoxa. Há 70% de chance daquele homem causar futuros problemas para o plano de João e dos outros semi-deuses.

João fica ali por mais meia hora, franzindo o cenho ao perceber que a balbúrdia em que o castelo se encontrava anteriormente havia finalmente tido o seu fim. João inclina a cabeça para o lado e tenta ampliar os seus sentidos, no entanto, ele não escuta mais nada. Tudo que ele ouve é o som do vento batendo contra as folhas das árvores e o som dos animais passeando pela floresta.