✧❦Cap 29❦✧

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Cellbit - Se eu não conhecesse vocês, eu diria que são um casal.

- Será que você poderia parar de conversar, e prestar atenção no filme? - Imitei a sua voz, e ele voltou a assistir o filme.

P.o.v Moon

- Sandra, o que o Hermes, Mikhael, tanto faz. O que ele deu para o João?

Cherry - Eles não te falaram?

- Não.

Cherry - Eles pegaram um dos seus brinquedinhos e deram para uma criança com 5 anos de idade.

- Eu não entendi o que você quis dizer.

Cherry - Ele pegou o seu punhal e entregou para o João.

- O punhal?

Cherry - Sim, o punhal.

- Não, ele não podia ter feito isso.

Cherry - Acredite, eu tive a mesma reação que você quando soube. Pegar aquele punhal e entregar para uma pessoa com a idade mental de 5 anos... - Riu sútil. - É loucura.

- Mas vocês vão recuperar o punhal, não vão?

Cherry - Nesta parte, Mara... Eu estou fora. - Pegou as sacolas que dentro haviam as suas compras e as carregou até o seu quarto.

"Como se faz para tirar o doce de uma criança com o nome João Victor?"

Eu saí de casa, tranquei a porta e fui até a cafeteria mais próxima. Eu pedi um café expresso, paguei, e saí da cafeteria; o dia está frio, e o vento bagunçava os meus cabelos. O meu sobretudo azul escuro, com os botões abertos acompanhava o vento e deixava à mostra a minha blusa branca escrito, também em azul escuro, "Maresia...". A minha calça jeans azul clara e as minhas botas pretas combinavam perfeitamente com o resto da minha roupa. O céu está nublado, e o vento balançava as folhas das árvores, eu fui até um banco de praça e sentei no mesmo. Alguns minutos depois a Malena sentou ao meu lado e encarou algumas árvores. Eu tomei um gole do meu café, então ela se pronunciou.

Malena - Como você está?

- Bem.

Malena - Como foi no Olimpo?

- Não aconteceu quase nada lá.

Malena - Imagino. O dia está lindo, não está?

- Lindo? Malena, o céu está nublado, e o vento me deixou descabelada.

Malena - Eu gosto de dias nublados.

- Eu não tenho nada contra, mas--

Malena - Quando você não tem nada contra algo, você não põe um "mas" no meio. - Me interrompeu.

- Você tem razão. Quando você não tem nada contra algo, ou alguém, você não deve por um "mas" no meio. Então, sendo assim, eu posso dizer que eu não tenho nada, ou quase nada, contra os dias nublados.

Malena - O que você tem contra dias nublados?

- Nada.

Malena - Você disse que tem quase nada, ou seja, você tem algo contra.

- Vamos mudar de assunto, por favor? Eu descobri o que o Hermes, Mikhael... O que ele deu para o João.

Malena - O que ele deu?

- O punhal... Eu ainda lembro quando ele disse que não iria fazer nada que envolvesse mortes.

Malena - Bom... Ele não mentiu.

- Como assim?

Malena - Ele não vai matar ninguém, o João vai.

- Isso que ele fez foi como trocar cauda por causas, entende? Foi loucura.

Malena - Ter um par de asas não seria nada mal.

- E você não precisa de uma cauda e eu não estou te julgando!

Malena - Mas é claro que eu preciso!

- Não, você não precisa. Você é filha de Poseidon.

- Pelo menos me deixe acreditar que eu preciso.

Malena - Se você prefere assim. - Deu de ombros.

- Sim, eu prefiro assim.

Malena - Mara, me diz o que aconteceu no Olimpo.

- Eu já disse, quase nada.

Malena - Quase nada.

- Tudo bem, você me venceu. - Rio. - Eu fui para o Olimpo, alguns minutos depois o João também foi até lá, ele e os Deuses começaram a conversar, e depois eu fui até um jardim. Quando eu cheguei lá, eu vi o João e então perguntei para ele o que Hermes lhe deu, ele não me disse, e alguns minutos depois ele me contou sobre um sonho que teve.

Malena - Deixe-me adivinhar, você estava no sonho dele.

- Sim.

Malena - O que aconteceu no sonho? - Indagou curiosa.

- Eu estava sentada em um jardim com a minha mãe, o João estava me observando um pouco longe dalí, então, quando a minha mãe se afastou, uma garota se aproximou de mim e me matou. Não dava para ver o seu rosto. Depois que eu apaguei, um garoto veio correndo até mim e apoiou a minha cabeça nos seus joelhos, e começou a chorar. A garota foi até o João, ela sorriu, e então ele também sorriu, mas foi surpreendido pela garota. Ela o matou.

A Sereia - JotakaseOnde as histórias ganham vida. Descobre agora