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2 horas depois...
Eu estou novamente sozinha, apenas eu e os meus pensamentos. “O que eu posso fazer para sair daqui? - Pensei. - Eu já tentei me teletransportar e de nada adiantou. - Bufei frustada e soquei o vidro do aquário (que obviamente de nada adiantou).”
Jv - Parece que alguém está de mau humor. - Falou com uma expressão passiva. - Pelo visto o seu cabelo voltou para a cor preta.
— Por que você se importa com o meu cabelo?
Jv - Eu não me importo, é apenas tédio. - Falou e logo em seguida deu um sorriso falso.
— Não gaste o seu tempo dando sorrisos falsos. As suas palavras podem soar sinceras, mas está bem claro que o seu sorriso não é verdadeiro.
Jv - Você tem razão, ele não é. - Ele desmancha o seu falso sorriso e senta na poltrona preta. - Nenhum deles são, afinal por que eu deveria sorrir? Quais motivos eu teria para isso?
— Você está vivo e não está presa em um laboratório. - Falo ríspida.
Jv - Eu passo 22 horas por dia aqui dentro.
— Mas é claro, você não tem nada para fazer lá fora. - Olhei para a janela de vidro que se encontra fechada e coberta pelo tecido branco das cortinas.
Jv - Eu poderia estar fazendo várias coisas lá fora, mas como você mesma disse semi-deusa, Mara, eu não tenho nada de muito importante para fazer lá fora.
— O Rafael te contou?
Jv - Que você é uma semi-deusa filha de Poseidon? Sim.
— E você não tem medo?
Jv - Eu já vi, revi, passei e repassei por coisas piores. - Bufou provavelmente ao lembrar do passado.
— Tem coisa pior do que correr o risco de apodrecer no tártaro?
Jv - Com certeza tem.
— Eu dúvido muito.
Jv - Nunca duvide de nada, mas agora me responda uma pergunta. Como é ter os seus poderes de volta mas continuar presa neste aquário?
— É como ter asas e não poder voar, mas é claro que você não sabe como é se sentir assim.
Jv - Algumas pessoas dizem que é uma tristeza profunda, uma dor imensa, pode ser física ou não física, mas dói muito.
— Essas pessoas tem razão... Eu estou presa por injusta causa.
Jv - Pois é, eu te afastei da sua casa, te coloquei nesse laboratório... Parece que a caçadora não conseguiu pegar a sua presa, pois está presa em um aquário.
— Do que você está falando?
Jv - Você está atrás de alguém, não está?
— Não, mas é claro que não. - Falei ríspida. - Você acha mesmo que eu estou caçando alguém? - Rio.
Jv - Não, você está procurando alguém.
— Você só pode ser louco. Eu não estou a procura de ninguém.
Jv - Me engana que eu gosto.
— Se você não acredita em mim não há nada que eu possa fazer.
Jv - Por que você não fala a verdade logo de uma vez?
— Venha até mim.
Jv - Por que eu faria isso?
— Está com medo?
Jv - Mas é claro que não. - Se aproxima do vidro do aquário e coloca uma das suas mãos no mesmo.
— Como...
Jv - Você é bem previsível. - Me interrompe. - Prossiga.
— Por que você está fazendo isso?
Jv - Eu estou curioso para saber do quê você é capaz.
— Ah Sha Lana.
Jv - Não está funcionando, senhorita semi-deusa e bruxa do mar.
— Como não?
Jv - Tente outro.
— Lihednat Dolchitni.
Jv - Nada...
— Como assim nada?! - Pergunto incrédula.
Jv - Eu não senti nada, e não, não é o vidro. - Retira a mão do vidro.
— Sabe, eu me sinto sozinha aqui.
“Aquaticos Animanos Dolphin.”
Jv - Parece que alguém conseguiu um novo amigo.
— Parece que alguém deixou de ser chato.
Jv - Deve ser o tédio. - Sai da sala.
— Pelo menos ele parou de se meter na minha vida, concorda, Dolphin? - Eu falo e o animal aquático assente.
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Ah Sha Lana - Feitiço para infligir dor na vítima.
Lihednat Dolchitni - O fluxo de ar da vítima vai parar, causando-lhes sufoco.
Aquaticos Animanos (mais o nome do animal que você quer que a água se forme) - Esse feitiço deve ser lançado na água, assim a água vai formar o animal que você falou.
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A Sereia - Jotakase
Fan fikciaMara Luiza, a empresária mais bem-sucedida do Brasil, e sereia nas horas vagas. Porém, um dia, o seu segredo foi revelado, e agora ela se encontra em um laboratório nas mãos do melhor cientista do país, João Victor: o melhor e muito bem-sucedido cie...