✧❦Cap 25❦✧

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Cellbit - Nós vamos para o laboratório hoje?

— Não.

Cellbit - Mas você disse que--

— Esquece o que eu disse. - O interrompo.

Cellbit - Para onde nós vamos?

— Eu vou para a minha casa, agora para onde você vai, eu não sei.

Cellbit - Tudo bem, eu vou para a minha casa, o mar. - Se teletransportou e eu me teletransportei logo em seguida para a minha casa.

P.o.v Moon

(No mar)

O sonho de João com certeza foi o sonho mais estranho que eu já vi em toda minha vida, e a dúvida que não quer calar é: “Quem era aquela garota e aquele garoto que ficou próximo a mim antes de eu apagar totalmente?”. Eu olhei para as conchinhas que eu segurava nas mãos, e também perguntei “Como algo tão simples como uma coxa pode ser tão lindo ao mesmo tempo?”, eu peguei uma pérola em mãos e também a observei, então eu lembrei da minha empresa. “Deve estar uma bagunça lá, Neste exato momento eu deveria instalar, eu deveria estar trabalhando, eu deveria ser mais responsável.” Eu pus as conchas em cima de uma rocha, e nadei até a superfície, não evitando olhar para os meus cabelos, que agora estão novamente pretos. Eu observei as nuvens que estão no céu, e olhei para os lados, encontrando absolutamente nada, apenas a água do mar. Eu olho para frente e vejo dois golfinhos vindo até mim “Pensando bem, o meu lugar não é a terra, é o mar.”, eu segurei uma das nadadeiras de um dos golfinhos e eles me levaram até a areia da praia, eu me afastei e afundei lentamente na água do mar.

Pac - Ei, Mara! - Falou e eu o encarei. - Eu posso te fazer uma pergunta?

— Claro! - Sorrio.

Pac - Por que o Cellbit te odeia tanto?

— É uma longa história... - Bufei.

Pac - Eu estou pronto para ouvi-la.

— Há um tempo atrás, estava ocorrendo uma guerra na terra e no mar, até mesmo algumas almas tentaram se envolver. Então, Emma veio até mim com a intenção de me matar, mas ela não sabia que eu era/sou imortal. Eu não tive escolha; a maldade a dominou por inteira. Se eu pudesse ter uma segunda chance para arrumar os meus erros, eu não teria feito aquilo. Eu não teria a matado. Ela era minha amiga!

Pac - Eu sinto muito. - Falou cabisbaixo.

— Eu sei que sente... Foi por causa desse erro do passado que o Rafael me odeia tanto, foi por causa daquele maldito erro. Eu deveria ter buscado outra solução, eu definitivamente não deveria ter feito aquilo.

Pac - Eu espero que algum dia o Cellbit te perdoe, e que vocês sejam amigos novamente.

— Isso é uma coisa muito difícil de acontecer, ele me colocou em um aquário por mero desejo de vingança. Ficar alí foi horrível, ter cauda, mas não poder explorar as águas marinhas é como ter asas, mas não poder voar.

Pac - Eu posso fazer só mais uma pergunta? - Falou e eu balancei a cabeça positivamente. - Desde quando o Cellbit e o Mike se conhecem?

— Eles se conheceram na guerra, lutaram lado a lado. Eu fiquei muito surpresa quando vi aquilo, mais surpresa do que o número de mortes causadas por Ares.

Pac - Quantas mortes ocorreram?

— Foram tantas que eu não conseguiria nem contar.

Pac - Por que você ficou tão surpresa?

— Talvez porquê os dois fossem inimigos mortais e nunca tivessem se dado bem; eu poderia jurar que os dois iriam aproveitar a guerra para se matar, eu poderia jurar que os dois estariam prontas para se atacarem pelas costas e mandarem um ao outro para o tártaro. - Rio sútil. - Mas eu estava muito errada.

Pac - Por que eles se odiavam tanto?

— Às vezes não é preciso de um motivo para as pessoas se odiarem, coloque isso na sua cabeça; guarde as minhas palavras.

Pac - Eu guardarei.

— O ódio por outra pessoa pode surgir apenas por causa de um olhar, não é preciso palavras, ações, e nada do tipo. Apenas um único olhar pode transmitir ódio, compaixão ou amizade. Ciúmes, agressão verbal, agressão física, indiretas, certas ações, vingança, inveja; tudo isso é causador do ódio.

Pac - Por que você está me dizendo isso?

— Você começou a falar sobre o assunto, eu apenas dei continuação.

A Sereia - JotakaseWhere stories live. Discover now