✧❦Cap 22❦✧

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Harry Potter e as Relíquias da Morte – J.K. Rowling
“Palavras são, na minha não tão humilde opinião, nossa inesgotável fonte de magia. Capazes de ferir e de curar.”

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P.o.v Jv

(Atualmente)

Os meus olhos se abriram rápidamente, a minha respiração está ofegante e os meus cabelos estão totalmente bagunçados. Novamente eu havia tido aquele sonho, aquele mesmo sonho (ou flashback). É impossível evitá-lo, eu me lembro exatamente de tudo que aconteceu naquele dia. “Talvez eu ainda tenha esse sonho pois eu estou pensando muito no passado ultimamente.”; Eu pego o meu celular e olho o horário, são exatamente 02:30 A.M, eu levanto da cama, saio do meu quarto, vou para a cozinha e bebo um copo de café.

Eu conheço o Rafael desde o berço, mas ele só me conheceu no dia do seu aniversário de 3 anos, o dia em que eu fiz aquela visita para Emma. Ele não se lembra de exatamente nada que aconteceu naquele dia, para ele nós nos conhecemos 2 anos atrás, mas eu sempre estive o observando durante todos esses anos. “Esse garoto tem potencial, não é atoa que ele é o guardião das águas.” No dia seguinte, depois da minha visita, Emma decidiu voltar para o mar junto aos seus dois filhos, e foi lá que Rafael cresceu; até o dia em que ele decidiu caminhar escondido fora do mar e aí ele me conheceu.

Flashback On

Lá estava eu, observando o mar e esperando a hora em que o Rafael decidisse sair escondido do mar. Todas os dias do seu aniversário, 11 de fevereiro, ele pede a mesma coisa. Exatamente a mesma coisa. O seu sonho é conhecer a vida fora da água, e quem vai incentivá-lo a pedir isso para Poseidon? Eu.

Eu olhei em volta e lá estava ele, Rafael Lange, sentado na areia com a sua forma humana. Ele olhou em volta e então me viu o observando. Ele levantou e caminhou na minha direção. “Que fácil, eu nem precisei levantar. - Ri com os meus pensamentos.Ele se sentou ao meu lado, e então indagou:

Cellbit - Por que você está me observando?

— Eu? Te observando? - Rio cínico. - Eu nem sei o seu nome. - Menti.

Cellbit - Eu me chamo Rafael Lange, mas pode me chamar de Cellbit.

“~ Será que todos os humanos são assim? - Pensou o loiro ao meu lado.

— Eu me chamo João Victor, mas pode me chamar de Jv. - Eu toquei no seu ombro exposto e os seus pelos se eriçarem. - Eu sei que a minha mão é fria, mas não se preocupe, eu não sou uma alma que fugiu do tártaro. - Rio.

Cellbit - Então tá. - Riu.

— Essa é a sua primeira vez fora da água, não é?

Cellbit - Como assim? Do quê você está falando?

— Eu sei que você e um tritão, Rafael. - Eu falo e ele arregala os olhos.

Cellbit - Como você sabe disso?

— Cada um tem um segredo... Você não está cansado da vida no mar? Aqui fora tem muitas coisas e lugares legais.

Cellbit - Eu sei, mas a minha mãe na deixa eu viver fora do mar. - Abaixou a cabeça.

— Peça para Poseidon. Peça para viver fora da água por um tempo.

Cellbit - Ele não deixaria.

— Tente.

Flashback Off

(Quebra de tempo - No dia seguinte [08:15 A.M])

Cellbit - Por que todos os dias do meu aniversário você fica mais quieto do que o normal?

— Eu não estou mais quieto do que o normal, eu estou apenas pensando.

Cellbit - Pensando em quê exatamente?

— Nada de mais. - Desvio o meu olhar que antes estava no seu rosto para o livro nas minhas mãos. - Feliz aniversário, Lange. - Sorrio sem mostrar os dentes.

Cellbit - Obrigado... - Murmurou e sentou na poltrona ao meu lado. - Você se lembra de quando nós nos conhecemos?

— É impossível esquecer.

“22 anos atrás para mim, e 2 anos atrás para você, Rafael Lange.”

Cellbit - Eu estava muito confuso. - Riu. - Às vezes eu me pergunto se eu já saí do mar antes daquele dia.

— Talvez sim, talvez não. - Dou de ombros e volto a minha atenção para o livro.

Os Miseráveis – Victor Hugo
“Nunca temamos com os ladrões nem os assassinos. Estes são perigos externos, pequenos perigos. Temamos a nós mesmos. Os preconceitos, esses são os ladrões; os vícios, esses são os assassinos. Os grandes perigos estão dentro de nós. Que importa o que ameaça nossa vida ou nossas bolsas?! Preocupemo-nos apenas com o que ameaça nossa alma”

A Sereia - JotakaseDonde viven las historias. Descúbrelo ahora