✧❦Cap 63❦✧

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(N/A: Esse capítulo será narrado)

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(...Dia seguinte...)

Mara senta em uma cafeteria, ela deveria estar com Malena ou Cherry, investigando e tentando descobrir o que estava acontecendo, mas não era isso que ela estava fazendo e se sentia culpada por isso.

Lívia era estranha, e Mara tinha certeza que ela estava aprontando algo.

Ela está dividida entre dar uma olhada ao redor do castelo e não fazer nada. Malena disse que elas deveriam esperar, que era mais seguro. Mara não discordava totalmente da mulher, mas ela não conseguia ficar sentada sabendo que algo estava por vir.

Algo ruim provavelmente.

João abre a porta do café e seus olhos encontram os dela imediatamente. O peito de Mara aperta. Ela conhece esse olhar. Nunca é um bom sinal quando ele está no rosto de João.

Ele se senta diante dela e junta as mãos. 

— Nós precisamos conversar, é algo um pouco sério.

— O que aconteceu? - Mara se recosta na cadeira, esperando. João a observa, hesitando.

João não se move. É estranhamente anônimo aqui, no canto da cafeteria, tão cedo. Ninguém importante pode ouvi-los, não há ninguém observando seu comportamento suspeito.

— É sobre Lívia. - Mara arqueia uma sobrancelha, interesse claro no seu olhar. João olha para baixo, a voz baixa para ter certeza de que ninguém pode ouvi-lo, exceto a mulher sentada diante dele. - Uma guerra está por vir. - Ela ouve a voz sombria de João falar.

Seus olhos se arregalam ao ouvir aquelas palavras, eles escurecem e ela balança a cabeça.

— Você está brincando comigo, certo?

João não vacila. 

— Não, eu não estou.

O silêncio assume o controle, quando Mara não responde, João começa a explicar.

— Lívia me procurou, ela disse que os vampiros querem começar uma guerra contra os semi-deuses.

Mara olha para ele, não era possível que aquilo fosse verdade, certo? Eles - os vampiros - não tinham chance alguma contra os semi-deuses, eles deveriam saber disso.

Além do mais, o que garante que Lívia estava falando a verdade? E por que João decidiu confiar nela de uma hora para outra?

— Você sabe o porquê. - É a resposta dele.

— Porque a chance de ser mentira é mínima.

Mara deseja não sentir dor instantânea, um buraco profundo se forma no seu peito. Ela não queria ter que lutar, ela não quer participar de uma guerra novamente. 

— Por que você está me dizendo isso?

João se inclina, pegando sua mão. Suas ações são gentis, seus olhos impossíveis de ler.

— Porque eu preciso de ajuda.

— Que tipo de ajuda? - Indagou Mara.

— Eu preciso que você fale com Afrodite, deixe que ela decida se é melhor contar aos deuses ou não.

Mara assentiu e olhou para as suas mãos juntas, pensativa. Uma guerra estava vindo, uma guerra, essa é a peça do quebra-cabeça que faltava.

— Tudo bem, eu direi isso a ela. - Mara assegura João. - Obrigada por ter me contado.

João assente. A xícara de café de Mara é trazida para a mesa deles e João rouba um gole, estremecendo. 

— É o mínimo que eu deveria ter feito.

Mara balança a cabeça. 

— Você é inacreditável. Essa guerra irá matar todos nós e você age como se fosse apenas uma formalidade.

— Força do hábito.

Mara fica em silêncio, ela tinha uma pergunta para João, uma pergunta que não tinha nada haver com aquilo mas estava na sua cabeça tempo suficiente para ela forçar a si mesma a perguntar. 

— Eu ainda tenho uma pergunta, algo que não tem nada haver com tudo isso. - João assente. - Por que você fez aquilo comigo um tempo atrás?

João sabia o que Mara estava perguntando, ela estava perguntando o porquê dele tê-la prendido naquele maldito aquário um tempo atrás. Ele deveria dizer a verdade? 

A verdade João, diga a verdade.

— Porque - João se inclina contra a janela fechada sussurrando: - o meu pai ordenou.

E então o horror aparece nos olhos de Mara, tão claramente quanto a luz do dia.

A Sereia - JotakaseWhere stories live. Discover now