A Sereia - Jotakase

✧❦Cap 43❦✧

Eu adentrei o meu escritório e sentei na minha mesa enquanto o Cellbit observava o lugar.

Cellbit - Então, qual foi a sua decisão?

— Você não consegue esperar nem mais uns minutos?

Cellbit - Tá, tudo bem, chefe.

— Quando nós chegarmos em casa, nós teremos uma conversa sobre o seu passado, rapaz. - Falei e escutei batidas na porta. - Ela chegou. - Cellbit foi até a porta e abriu a mesma, ele deu espaço para a mulher passar e eu logo pude ver uma mulher de cabelos roxos, que está usando uma calça jeans, sobretudo preto e uma blusa branca. - Rafael, essa é a Lívia, ela é a nova compradora do laboratório. Srta. Jatobá, seja bem-vinda. - Falei e ela me encarou com um olhar surpreso e um sorriso de orelha a orelha.

Lívia - Obrigada. - Sentou na cadeira a minha frente.

“Ele vai vender o laboratório? - Li os pensamentos do Cellbit.”

Lívia - Eu gosto do ambiente, parece ser bem calmo, além de que eu realmente adorei a decoração.

(2 horas depois)

— Você concorda com tudo que nós conversamos por telefone?

Lívia - Sim.

— Bom... Mesmo assim eu creio que você precisa de um pouco mais de tempo para decidir isso.

Lívia - Não, isso não será preciso.

— Você tem certeza? Não prefere esperar um pouco, ou estar na presença de um advogado? - Arqueei uma sombrancelha.

Lívia - Eu já disse, isso não será preciso. - Falou convincente.

— Sendo assim... - Lhe entreguei o contrato e uma caneta de tinta azul. - Basta apenas assinar. - Falei e ela leu os termos do contrato, e sorriu satisfeita no final da leitura, logo assinando o seu nome no papel.

“Nossa, para que essa pressa toda? - Li novamente os pensamentos do Cellbit, que agora está encostado na parede ao meu lado.”

Lívia me entregou o contrato e a caneta, e eu assinei os espaços em branco do contrato aonde indicava para que eu assinasse. Ela sorriu e saiu da sala, deixando a sua bolsa na cadeira indicando que ela voltaria.

Cellbit - João, você tem certeza disso? Você quer mesmo vender para essa garota?

— Uhum!

Cellbit - Isso não foi muito convincente.

— Sim, Rafael. Eu tenho certeza.

Cellbit - Então por que você está desanimado?

— Eu não estou desanimado.

Cellbit - A sua boca diz uma coisa, mas a sua cara diz outra completamente diferente. O que está havendo?

— Está havendo que tem uma coisa ou duas que eu preciso te contar, mas não aqui.

Cellbit - O que você está escondendo de mim?

— Eu não acho que aqui seja o local apropriado para nós falarmos sobre isso.

Cellbit - Não, eu não vou descansar em paz até você me contar o que você está escondendo de mim!

— Rafael... - Falei e antes que o Cellbit pudesse dizer qualquer coisa, a Lívia entrou no escritório.

Lívia - Eu tenho certeza de que não irei me arrepender dessa compra. - Murmurou para si mesma e pegou a sua bolsa. - Eu tenho que ir, estou atrasada para um compromisso, em breve entrarei em contato. - Ela foi até a porta e antes de abrir a mesma, ela me olhou de canto de olho então abriu a porta e passou pela mesma já com as chaves do laboratório em suas mãos.

Cellbit - Definitivamente essa garota é estranha.

— Não a julgue sem a conhecer direito.

Cellbit - E você por acaso a conhece? - Indagou com os braços cruzados.

— Não, mas mesmo assim, não a julgue sem a conhecer direito. - Repeti e ele sentou na cadeira a minha frente.

Cellbit - Eu acho que já está mais do que na hora de você contar o que está escondendo de mim. - Apoiou os cotovelos na mesa enquanto me encarava com a seriedade no olhar.

— Eu realmente não acho que aqui seja o local adequado para nós falarmos sobre isso. - O encarei.

Cellbit - Não há mais ninguém nesse escritório além de nós dois. - Advertiu. - Então, por que você não me conta logo o que você está escondendo de mim, em vez de tentar se esquivar do assunto?

— Eu estou falando sério Rafael, aqui realmente não é o local adequado para nós tratarmos sobre esse assunto. - Falei com o tom de voz grave. - Quando nós chegarmos em casa, nós conversamos sobre esse assunto e eu prometo te contar tudo.

Cellbit - Tudo bem. - Se inclinou para trás.