Ela caminhou pela cidade enquanto as suas botas pretas de salto faziam um barulho quase silencioso e o seu cabelo roxo se espalhava atrás dela por causa do vento do frio da manhã de outono. Ela definitivamente precisava vê-lo, ela precisa olhar nos seus olhos castanhos mais uma vez e sentir o toque da sua pele sobre o seu rosto e escutar a sua voz novamente. Ela o ama tanto… Não é justo que seu João tenha recusado o seu pedido para ir com ela, não é justo que ele tenha sido morto, não é! Ela não pode perdê-lo novamente, ela lutará por ele, dessa vez nem mesmo a morte conseguirá separá-los e quebrar o laço que há entre eles. Se for preciso sacrificar tudo para ficar ao lado dele novamente ela fará, se for preciso sangrar, ela o fará, se for preciso matar, ela matará. Ela fará de tudo para tê-lo apenas para si, ninguém roubará ele dela desta vez, não de novo, ela não suportaria perdê-lo novamente. Ela olha para o seu antigo anel de compromisso no seu dedo e dá um sorriso genuíno, ela se lembra daquele dia como se fosse ontem, ela e o João em um restaurante, quando de repente o João pega a caixinha com um par de anéis de ouro branco e a pede em noivado. Ela continua andando pelas ruas da cidade até parar na frente de uma casa, ela olha para o endereço escrito no papel que ela está segurando e olha novamente para a casa. Hesitante ela bate na porta, escutando um “já vai”, vindo de dentro da casa, ela espera alguns minutos e um loiro de olhos azuis abre a porta com uma expressão confusa, obviamente não compreendendo o motivo da sua visita.
Cellbit - Hum… O que deseja?
— O João está? - Perguntou com um pequeno sorriso no rosto.
Cellbit - Não, mas ele chegará daqui a pouco, você quer entrar e esperar?
— Não, apenas entregue isso a ele. - Pegou um envelope na bolsa e entregou para o jovem de olhos azuis, recebendo um aceno de cabeça do mesmo, ela se afastou da casa enquanto a porta atrás dela fechava.
P.o.v Cellbit
Eu olhei para o envelope nas minhas mãos, e me perguntei o que a nova dona do Aquário queria com o João. Eu sentei no sofá e esperei que o João voltasse, alguns minutos depois o João entrou na casa e me encarou e eu o encarei de volta sentado no sofá com o envelope ao meu lado, ele levantou as sobrancelhas interrogativamente e eu balançei a cabeça indicativamente na direção do envelope.
— Me pediram para te entregar isso.
Jv - Quem pediu? - Indagou.
— Uma mulher de cabelos roxos. Adivinha?
Jv - Lívia.
— Exatamente. - Falei e o Jv pegou o envelope em um movimento rápido. - Cara, primeiro a Mara te faz uma visita, agora isso? Quem mais está faltando?
Jv - O que? - Indagou confuso.
— Ah, vamos lá! Elas te amam. - Falei e ele olhou incrédulo.
Jv - Você só pode ser cego, Cellbit. A Mara me odeia, e a Lívia? Eu nem a conheço!
— Mas ela te conhece, eu vi isso nos olhos dela. Há algo que ela não está te contando, Jv.
Jv - Ela não precisa me contar nada.
— João - Falei rispidamente. -, isso tem haver com você, e enquanto a Mara, eu não te recomendo ter uma semi-deusa com raiva no seu rabo.
Jv - O que você sabe sobre ter uma semi-deusa com raiva no seu rabo e o que você está sugerindo?
— Fale com ela e a devolva aquele maldito punhal! - Rosnei.
Jv - Ei! Não há motivos para raiva, e você sabe muito bem que não dá para conversar com ela, eu a odeio e ela me odeia mais ainda.
— Isso não é verdade, ela te odeia, mas você não odeia ela. - Falei o encarando com o olhar intenso.
Jv - E por que isso importa? Ela me odeia e isso já é motivo suficiente para que eu mantenha distância dela.
— Cara - Cobri o rosto com as mãos. -, por que você é tão idiota? Esse ódio entre vocês dois não vai levar a nada.
Jv - E o que eu deveria fazer, Rafael?! Falar com ela, pedir desculpas e dizer que não queria fazer aquilo que eu fiz com ela? Ah, claro! Porque isso irá acabar super bem! Sem nenhuma discussão ou tentativa de assassinato!
— Já é um começo, explique tudo a ela, isso não irá te matar. Você apenas tem que escolher as palavras certas.
Jv - Rafael, ela me odeia. Até quando eu terei que te dizer isso?
— Quer saber? Essa discussão não vai levar a nada, eu vou até o hospital ver se o cara que sofreu o acidente de carro já saiu do coma, enquanto isso veja o que tem no envelope e pense no que eu te falei. - Levantei do sofá.
Jv - Você pelo menos sabe o nome do cara? - Indagou e eu o encarei. - O nome dele é Felipe Zaghetti. - Eu assenti, abri a porta da casa e passei pela mesma.
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A Sereia - Jotakase
FanfictionMara Luiza, a empresária mais bem-sucedida do Brasil, e sereia nas horas vagas. Porém, um dia, o seu segredo foi revelado, e agora ela se encontra em um laboratório nas mãos do melhor cientista do país, João Victor: o melhor e muito bem-sucedido cie...