A Sereia - Jotakase

✧❦Epílogo❦✧

Seis anos depois, em São Paulo.

João Victor está tomando o café da manhã com os seus filhos quando, de repente, ele vê Mara descer as escadas. Ela já havia se arrumado para ir para o trabalho. Quando os seus filhos, Luna e Victor, também a vêem, vão correndo até ela, e cada um abraça uma das suas pernas.

Mara ri, passando as mãos pelos cabelos de seus filhos. João se aproxima dela, roubando um beijo rápido. Ela sorri.

Eles estão morando em uma casa de dois andares em São Paulo desde que Luna e Victor nasceram. Eles são muito felizes ali e já possuem várias memórias incríveis naquele lugar.

— Você não vai tomar o café da manhã? — João perguntou.

— Eu não quero me atrasar para a Company Paes. — Ela respondeu, com um sorriso de desculpas nos lábios.

— Ah, vamos lá! Será rápido. — João insistiu, roubando outro beijo dela. — Eu adoraria ter a sua companhia durante o café da manhã, e eu tenho certeza de que Luna e Victor também.

Luna e Victor concordam com vários “sim's” animados, se afastando para olhar para ela com olhos esbugalhados e pidões. Mara se dá por vencida, deixando que João a puxe até a mesa de jantar.

Após o café da manhã, que foi bastante alegre e animado, Mara vai até a porta de saída, pronta para ir ao trabalho. Entretanto, ela é parada por João, que envolveu os braços em volta da sua cintura e pôs a cabeça sobre o seu ombro. Ela ri.

— Você irá abrir a biblioteca hoje? — Mara perguntou.

— Sim. — João respondeu.

— Eu ainda não acredito que você decidiu ser dono de uma biblioteca, mesmo que isso já tenha uma semana. Foi um tanto inesperado. — Mara comentou. Quando João lhe contou aquilo pela primeira vez, ela quase não acreditou. João não parecia ser o tipo de homem que abriria uma biblioteca. No entanto, aquela havia sido uma ótima notícia. João estava fazendo o que gostava. — Mas eu estou feliz por você.

João ri baixo, admitindo:

— Eu também não consigo acreditar ainda.

Mara também ri. João rouba um último beijo dela, dessa vez mais longo do que o anterior, e Mara finalmente sai pela porta.

João fica parado por alguns instantes, antes de pegar o seu próprio casaco, que estava pendurado em um cabideiro ao lado da porta. Ele irá levar os seus filhos para a escola, antes de ir trabalhar na biblioteca em que ele é dono.

— Crianças, vamos! — João chamou.

As crianças pegam as suas mochilas jogadas sobre o sofá, e depois vão correndo até João. Ele segura uma das mãos de cada uma das duas crianças, e depois abre a porta, começando a caminhar na direção em que a escola fica. A escola fica incrivelmente perto.

Mara Luiza e João Victor haviam conseguido aquilo que eles tanto queriam: uma família juntos. A felicidade deles é infinita, e durará até que a última estrela se apague.