✧❦Cap 65❦✧

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(N/A: Esse capítulo será narrado)

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Rafael não conseguia se lembrar de um primeiro encontro que começou tão bem. Ele não conseguia se lembrar da última vez que riu tão livremente e genuinamente. Eles eram de dois mundos muito diferentes, mas isso não pareceu incomodar nenhum deles.

— Isso é incrível. - Felipe falou, pela sétima vez naquela noite, boca cheia de comida. Com qualquer outra pessoa, Rafael teria se sentido revoltado, mas com Felipe era meramente cativante.

— Estou feliz que você goste. - Rafael sorriu, contente por ter agradado o homem. A comida estava boa, mas ele sabia que dificilmente se lembraria de como era o sabor amanhã, ele estava envolvido em conversas com Felipe.

Felipe era adorável. 

— Você é adorável. - Ele expressou, decidindo não se segurar, imediatamente satisfeito com sua decisão ao ver as pontas das orelhas de Felps ficarem vermelhas.

Ele choramingou, e Rafael se mexeu, imaginando isso em outro contexto. 

— Eu não sou! Não faço ideia de como consigo me envergonhar diante de você.

— Bem, continue assim, eu não me importo. - Ele disse secamente, um sorriso malicioso nos lábios.

Felipe queria o beijar.

— Espaço para a sobremesa? - Rafael perguntou, olhando para o cardápio quando percebeu que a maior parte da comida que eles podiam suportar já foi consumida, e o resto precisará ser ensacado em breve.

— Depende, você está no cardápio?

Rafael fez uma pausa, copo meio levantado até os lábios, sobrancelha erguida. 

— Eu posso estar, mas não é um pouco adiantado para o primeiro encontro?

Felipe sorriu, estendendo a mão para passar um dedo lentamente pelo antebraço de Rafael, nunca quebrando o contato visual. 

— Você parece um tipo de homem avançado.

Ele não estava errado. Que ele se lembre, a maioria dos seus primeiros encontros, mesmo que eles não pudessem ser classificados como encontros, terminou em sexo. Ele pensou que também iria gostar de sexo com Felipe. Mas...

— Eu acho que gosto de você Felps. - Ele falou, ignorando o arrepio que percorreu sua espinha por causa dos círculos suaves que Felipe continuou a traçar em seu braço. - E eu gostaria de levar as coisas devagar, se estiver tudo bem. Talvez esperar só mais um pouco.

Felipe soltou um suspiro decepcionado, mas sorriu ao mesmo tempo, uma sensação de formigamento enchendo seu peito, tocado pelo desejo de Rafael de esperar. A maioria dos homens interessados ​​nele nunca quiseram esperar. Por outro lado, nenhum desses homens realmente ficaram tempo suficiente para importar muito.

— Ok. - Felipe cantarolou. - Isso realmente soa legal. Porque, eu realmente quero te conhecer melhor. E… - Ele parou, entrelaçando os dedos juntos. - Toda a expectativa tornará isso muito melhor quando finalmente transarmos.

Rafael trabalhou duro para não engasgar com a língua, acenando para o garçom para cuidar da conta e ensacar sua comida.

Quando estava tudo reunido em caixas e sacolas, Rafael assinou o cheque, deixando uma gorjeta decente com um gosto de amargura na língua, pois ele não deixou de notar como o olhar de Dylan ainda estava fixo em Felipe.

O braço possessivo que ele colocou em volta da cintura de Felipe, a visão de Dylan se encolhendo com o olhar severo que ele lhe enviou, e a nota mental para dizer ao gerente para repreender seu empregado, foram as únicas coisas que impediram Rafael de fazer algum tipo de cena desnecessariamente dramática.

A ida para a casa de Felipe foi tranquila, Felipe inclinando-se para descansar a cabeça no ombro de Rafael, as mãos entrelaçadas enquanto observavam as luzes da cidade passarem em um silêncio agradável.

Quando eles chegaram, Rafael correu para o lado do carro e abriu a porta para Felipe, agarrando sua mão e levando-o até a entrada. Ele colocou o saco com a comida gentilmente ao lado de Felipe no chão, virando-se para encará-lo.

Apesar de sua bravura anterior, parado sob a luz da rua, olhando para Rafael, ele de repente sentiu muito mais vergonha, o lábio inferior puxado entre os dentes enquanto observava o homem diante dele. Ele lambeu os lábios, um sorriso travesso no lugar.

— Obrigado por esta noite, eu me diverti muito.

— Mesmo aqui, eu gostaria de fazer isso novamente, se você estiver disposto a fazer?

O sorriso de Felipe era ofuscante, ele apertou a mão de Rafael ansiosamente: 

— Eu adoraria, você só precisa me deixar escolher o lugar da próxima vez. Não será um restaurante cinco estrelas, mas tenho algumas ideias.

— Ansioso por isso.

Eles ficaram lá por um momento, simplesmente se encarando, se perguntando como a noite deveria terminar. Foi Felipe, finalmente, quem fez o primeiro movimento, seus olhos pulando entre os de Rafael e sua boca, o lábio inferior finalmente liberado entre os dentes quando ele se inclinou para frente, um convite incerto no beicinho dos lábios.

Rafael seguiu sua liderança, colocando uma mão firme em sua cintura e puxando-o para mais perto, inclinando-se para fechar a pequena distância entre eles e pressionar seus lábios suavemente contra os de Felipe. Sua boca era doce e flexível sob a sua, os seus lábios tinham um sabor extraordinário.

O beijo começou lento, mais gentil do que Rafael havia sentido há algum tempo e enquanto Felipe descansava a mão no seu ombro, os dedos enrolando nos seus cabelos e inclinava a cabeça no ângulo certo, os olhos de Rafael se fechavam, segurando a mão na extremidade do moletom de Felipe um pouco mais apertado.

Ele gemeu no beijo, deixando a língua de Felipe deslizar em sua boca, lambendo a parte de trás dos dentes, o céu da boca, explorando todas as partes que Rafael tinha a oferecer. Os lábios de Felipe eram tão macios que Rafael queria devorá-los, beijando-se tão ferozmente, consciente de ser tão gentil quanto o homem diante dele para não quebrar o momento de silêncio que eles criaram.

Ele conteve um pequeno sorriso ao gemido que escapou de Felipe enquanto sua língua deslizava entre seus lábios, provando o vinho de mais cedo em sua língua. Quando eles finalmente se separaram, Rafael se sentiu um pouco tonto, colocando a outra mão sob os quadris de Felipe para firmar os dois.

— Isso foi legal. - Felipe cantarolou, polegares esfregando círculos suaves na parte de trás do pescoço de Rafael.

— Foi. - Rafael concordou, inclinando-se para a agradável sensação um segundo antes de dar um passo para trás.

Ele ficou arrependido quando falou: 

— Eu tenho que ir, mas eu ligo para você? - Saiu mais uma pergunta, mas ele foi rápido em sorrir com o aceno instantâneo de concordância de Felipe.

— Parece bom, ligue e me avise quando chegar em casa? - Era uma pergunta que ele esperava não parecer tão carente. Uma mensagem de texto funcionaria muito bem, mas uma parte dele meio que queria ouvir a voz do outro homem antes de dormir

— Eu vou. - Ele prometeu, inclinando-se para colocar mais um selinho nos lábios do homem antes de dar um último aperto na sua cintura e se virar. Felipe ficou na calçada, acenando para ele com um pequeno sorriso enquanto o carro se afastava, Rafael cuidando dele até o carro desaparecer na esquina da rua.

Enquanto descansava a cabeça no assento, ele não conseguia se lembrar da última vez em que se sentiu tão tonto e tão bem ao mesmo tempo.

A Sereia - JotakaseWhere stories live. Discover now