O tempo que podemos ter

O quanto amadurecemos: parte 2

[Desculpem por ter sumido! Mentira, sumi mesmo, vão fazer o que? Espero que tenham sentido minha falta, se não vou interpretar isso como um ataque pessoal, porque eu preciso de amor e carinho para continuar postando. Espero que estejam todos bem!]

[vou tentar postar de novo uma vez por semana!!!! vamo que vamo!!!]

Feng Xin já estava cansado de ser posto de lado!

Quando finalmente pensou que teria Mu Qing de volta ao seu lado, o homem é levado para longe. Primeiro pelas mulheres de YueGua, depois pelos Chang, e então já era noite e Mu Qing precisava ficar longe dele se quisesse recuperar o poder espiritual nas próximas 48 horas.

Feng Xin planejava o chamar para um passeio noturno depois do jantar. Andar sem motivo pelo palácio, colocando a conversa em dia ou apenas aproveitando a droga da presença de seu amante! Era seu direito, não era?

Mas ele estava ali agora, sentado no beiral da janela do segundo andar do pavilhão de visitas do palácio de ZhenSi, olhando para o jardim interno cheio de névoa, mesmo que fizesse tanto calor que o homem apenas havia conseguido vestir a calça para dormir. Com um bufo, ele esticou a mão para o lado, pescando a garrafa de licor de pêra da seita ChanYao que praticamente havia traficado para aquele lugar (já que teve de a esconder por Wanli dizer que era falta de respeito levar comida para a casa de outras pessoas). Mas não era comida, era licor de pêra! E os licores de ZhenSi não se comparavam a aquilo.

O Deus girou o pulso e fez o líquido se mover dentro do recipiente grosseiro, encostando a cabeça na margem da janela, deixando uma perna pender para fora, com a outra flexionada, onde apoiava o braço. Naquele momento tudo estava silencioso, a maioria das luzes estavam apagadas e apenas alguns guardas andavam próximos ao pavilhão, mas nenhum entrava e, de onde estava, sequer podiam o ver. 

Feng Xin tinha de admitir que achou interessante a disposição do placito. Havia ala para quase tudo e totalmente separadas. Ele estava na de amigos do líder de seita ZhenSi, Mu Qing na de convidado de honra, os Chang na de aliados, junto a maioria dos que competiriam na caçada noturna. Era obvio que apenas um deles estava recebendo tratamento especial e Feng Xin sorriu azedo para o licor, bebendo mais um gole gordo.

Não teve tempo de questionar Mu Qing sobre Zhen Jiahui, mas durante todo o jantar ele ouviu que o homem o chamava de Fuyao de forma muito intima e que Mu Qing, o chocando mais que qualquer coisa, o respondia com Jiahui em um tom que Feng Xin não conseguia encontrar qualquer formalidade. Vindo de qualquer um, seria algo aceitável, mas de Mu Qing? Ele apertou o pote entre os dedos bufando e virando o rosto. Mesmo Xie Lian era Dianxia até pouco mais de um ano... quem aquele homem Zhen Jiahui era para subir tanto no conceito e intimidade de Mu Qing para ser chamado pelo nome? Ainda mais em uma festa formal com muitas pessoas ouvindo!

Feng Xin estava frustrado e com ciumes! Queria respostas mas se sentia constrangido e idiota por sequer pensar em perguntar sobre aquilo. Afinal, era da sua conta? Ele tinha aquele direito? Mu Qing odiava que se metesse demais em sua vida. E a relação que ele tinha com outras pessoas não dizia em nada da que tinha com Feng Xin, então... como perguntar?

Mesmo que o incomodasse e deixasse se sentindo levemente ameaçado... talvez mais que levemente... ele não podia apenas perguntar! Ele confiava em Mu Qing com algumas ressalvas, mas elas eram mais sobre os métodos dele de fazer algumas coisas que ele não concordava, que pela relação que tinham. Ele sabia que Mu Qing seria fiel a ele, mesmo que não tivessem estabelecido explicitamente que a relação seria apenas entre os dois e ele não podia ficar com ninguém mais. E isso era mais por ele saber que Mu Qing não teria paciência em manter uma segunda relação romântica, que por ter como certo que estavam em um relacionamento monogâmico. Se acontecesse de Mu Qing achar outra pessoa, Feng Xin tinha completa ciência que seria chutado.