Primeiro contato: Parte 2

1.1K 199 970
                                    

[Olar amigos, acho que vão gostar desse cap...]

[Nome alternativo do cap: CARAS, VOCÊS NÃO ESTÃO NEM TENTANDO! ]

O acampamento escondido pela floresta estava animado de novo. Feng Xin andava atrás de Ming Jiu rindo animadamente para qualquer besteira que o rapaz falava e dando tapinhas em seu ombro, quase que com intimidade. A cada passo que davam ele sentia o cordão de sua pulseira afrouxar um pouco mais e imediatamente diminuia o tamanho para saber qual era a distância que se encontrava de Mu Qing.

Agora eram vinte metros.

Ele olhou ao redor, atrás de qualquer coisa, mas havia apenas barracas, árvores e pessoas vestidas de forma esfarrapada comparando suas conquistas do dia. Eram todos malfeitores e contra lei, que iam de batedores de saco de moedas á assassinos cruéis, todos unidos naquele estranho acampamento. Pelo que Feng Xin havia conseguido de Ming Jiu, eram todos parte de uma espécie de seita do mal comandada por alguém chamado Zhu Xintong. Aquela seita não parecia ter muitas regras sobre quem poderia fazer parte ou não, desde que o interessado em se juntar a aquilo fizesse uma espécie de pacto com Zhu Xintong e ser devoto pelo resto da vida. Naquela perspectiva, não foi difícil a Feng Xin fingir interesse em se unir a seus sequestradores quando acordou sozinho amarrado em uma árvore.

Bastou algumas histórias e um punhado risadas fáceis para Ming Jiu gostar dele e o soltar, o apresentando a vários outros meliantes que o receberam fácil da mesma forma. Poderia se dizer que, apesar de serem um bando de bandidos sem honra, eram muito amigáveis e abertos a pessoas novas! Aquilo facilitava muito e, uma vez que o pacto com Zhu Xintong apenas seria realizado quando o encontrassem no dia seguinte, ele possuía algumas horas de disfarce e encarar seu maior problema: Mu Qing havia desaparecido.

Feng Xin tinha noção de como proceder. Quando era guarda costas de Xie Lian foi treinado para saber lidar com sequestros e desaparecimentos então, como despertou longe de Mu Qing, se quisesse achá-lo, era melhor não dar falta logo de cara e tentar ter informações. O primeiro passo nessas situações sempre é se misturar e esperar pelo momento certo. E nunca, nunca pedir a informação que deseja de forma direta. Por isso, apesar de terem se passado horas, não disse nada sobre Mu Qing para Ming Jiu enquanto andavam a esmo pelo acampamento.

Agora já era hora do almoço e, uma vez que se sentaram, o Ming Jiu o serviu com caldo quente em uma tigela de madeira, trazendo o assunto a tona sem Feng Xin sequer abrir a boca e o fazendo comemorar internamente por seu plano estar dando mais certo que o esperado.

— Nan Feng-ge, aquele homem com você, quando o pegaram no beco, você o conhece bem? — questionou Ming Jiu enchendo a boca de caldo e Feng Xin o encarou erguendo a sobrancelha.

— Aquele comigo? — questionou olhando para cima, fingindo buscar na memória. — Ah, sim! O de cara azeda?

— Eu não tenho certeza, não o vi. Mas deve ser... — disse Ming Jiu apontando a colher para ele. — Espera, tinha mais de vocês?

— Sim, mas não importa. Eram todos trouxas. Cada um foi para um canto atrás do seu grupo, por acaso aquele esnobe ficou comigo.

— Ah, então vocês não eram próximos? — questionou o rapaz e Feng Xin deu de ombros. — Isso é bom. Achei que ficaria preocupado com ele se fossem próximos, mas você nem falou dele o dia todo, então está tudo bem.

— Eu não me importo com ele, definitivamente. — disse fazendo uma careta e Ming Jiu acenou com a cabeça. — Mas eu admito que ele me dava nos nervos. Aquela cara dele de sabe tudo, como se fosse tãaao inteligente! É irritante! Qual era mesmo o nome do desgraçado... — disse batendo a colher na vasilha e sentindo a corda de seu pulso repuxar, trazendo um pouco de aflição, mas depois de três puxões em menos de cinco segundos, ele relaxou. — Ah, lembrei! É Fu Yao!

O tempo que podemos terWhere stories live. Discover now